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Ex-oficiais da CIA estão de acordo com Fidel

100810_ciaCubadebate - [Niko Schvarz, La República, Uruguai] Um grupo de ex-oficiais dos serviços secretos do Exército dos EUA, integrantes do Veteran Professionals for Sanity" (VPS), adverte em um memorial a Barack Obama que Israel prepara um ataque contra o Irã neste mês e sugerem qeu o presidente denuncie publicamente este ataque para evitar uma guerra de imprevisíveis consequências.


O documento afirma que Netanyahu projeta um ataque surpresa, com a ideia de obrigar os Estados Unidos a proporcionar um apoio total de seu exército à campanha militar. Baseiam-se nos comentários formulados na oportunidade pelo atual primeiro-ministro, no sentido de que os EUA não colocará obstáculos nesse caminho e que 80% dos estadunidenses apoiam Israel.
Lembremos que as autoridades militares israelenses disseram sem hesitar que analisam um possível ataque ao Irã e que naves de guerra da US Navy e de Israel, dotadas de armamento nuclear, as jogarão na proximidade da zona.

O memorial agrega: "Esperamos que seus conselheiros tenham lhe dito que o objetivo principal de Israel é uma mudança de regime no país e não as armas nucleares iranianas", e sublinham que a possibilidade de que Israel desencadeie esta agressão são cada vez mais reais e próximas, antes de um possível recomeço das conversações entre o Irã e a comunidade internacional em setembro, sobre a troca de urânio enriquecido. Este último constitui "uma falsa manobra" sob juízo do governo de Israel, que estaria disposto a lançar um ataque para impedir qualquer acordo nesse sentido.

A carta leva as seguintes assinaturas (entre parêntesis, seus anos de atuação nos serviços de inteligência): Phil Giraldi, ex-membro da CIA (20 anos); Larry Johnson, ex-membro da CIA (24 anos); Ray McGovern, oficial do US Army Intelligence e da CIA (30 anos); Coleen Rowley, FBI (24 anos); Ann Wright, do US Army Reserve (29 anos) e do Foreign Office do Departamento de Estado (16 anos).

A tudo isto, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, o almirante Michael Mullen, declarou no dia 3 de agosto na TV que "um plano de ataque ao Irã está pronto para ser executado". Depois agregou que isso seria "caso o Teerã produza a arma nuclear", disse.

O almirante expressou que estava "extremamente preocupado" pelas consequências que uma ofensiva armada dessa natureza pode provocar em uma região tão incrivelmente instável. Mas foi além: disse que confiava em que as sanções impostas ao Irã o fariam abandonar seu programa de enriquecimento de urânio. E aqui vem o importante: em caso de não suceder, "as opções militares estão sobre a mesa e permanecerão ali. Esperamos que não tenhamos que utilizá-las, mas são importantes e bem conhecidas".

Como não há razão alguma para que o Irã abandone seu programa de desenvolvimento nuclear pacífico, o que fica de pé é a ameaça bélica do chefe militar estadunidense.

Sua declaração foi emitida em resposta à negativa do Irã de liberar três turistas norte-americanos (Shane Bauer, Sarah Shourd e Josh Fatal, de 27, 31 e 27 anos) que foram capturados penetrando ilegalmente no país desde as montanhas do norte do Iraque. Também o presidente Obama pediu sua liberdade, alegando que não são espiões, mas que "tem o espírito aberto e aventureiro de jovens, que representa o melhor da América (do Norte) e do espírito humano". O Irã diz que deverão responder ante a justiça.

O problema iraniano também foi evocado pelo presidente Lula na XXXIX Cúpula de presidentes do Mercosul em San Juan, na Argentina, no dia 3 de agosto. Na reunião se deram passos positivos quanto a eliminação do a eliminação da dupla tarifa externa comum e a criação de um código alfandegário, a utilização dos fundos do Focem para múltiplas projetos e o acordo do bloco com o Egito, entre outros.

Registraram-se também importantes pronunciamentos internacionais: pelo fim do bloqueio a Cuba, contra a lei anti-imigrantes SB 1070 do estado estadunidense do Arizona, pela soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas e o repúdio à agressão de Israel contra a flotilha humanitária em Gaza. Nesse marco, Lula referiu-se a todas suas gestões em favor de um acordo pacífico com o Irã, com Sarkozy, Angela Merkel e Gordon Brown, com Abbas e Netanyahu; recebeu no Brasil o presidente israelense, Simón Peres, ao presidente da Síria e ao do Irã; depois foi ele a este país. Sobre essa base, se geriu um acordo, que foi firmado pelo Brasil, Turquia e pelo Irã e se correspondia com o colocado pelo presidente Obama como base para uma negociação, com garantias para todos. Mas esse acordo foi deixado de lado pela maioria do Conselho de Segurança, que tentou-se pela quarta vez no perigoso caminho das sanções contra o Irã.

E é isso o que hoje coloca em primeiro plano o tema de uma guerra nuclear, como grave alerta ao mundo inteiro.

Traduzido para o Diário Liberdade por Lucas Morais (@luckaz)


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