Há escassos quarenta minutos acaba de fazer-se pública a notícia. A partir de 1 de maio Vilalva passará a chamar-se "Vilalva de Fraga Iribarne".
Valeu a maioria absoluta do PP num pleno decorrido ontem às pressas, com a abstençom das e dos representantes do PSOE e os votos em contra do BNG. Vilalva é a vila natal do político, e daí que conte com um relativo apoio social no lugar.
Alberto N. Feijó, presidente da Junta da Galiza –órgao que deverá aprovar a mudança de nome- já louvou "umha iniciativa que sai do governo municipal, e portanto respeitaremos a sua vontade com a que, aliás, concordamos totalmente".
Do Diário Liberdade conseguimos contatar com o BNG local, que indicou que "esta matéria nem sequer estava prevista no pleno". Isto é um "golpe de município" –queixárom-se em entrevista telefónica. E nem só: "O pleno nem estava convocado, ligárom-nos meia hora antes e mal conseguimos chegar. Mesmo assim, a abstençom do PSOE fijo o resto".
O ambiente já era mau desde o serám da sexta em Vilalba. Vários elementos da polícia e o exército espanhol, seguramente informados sobre o que aconteceria, permaneciam nas redondezas das instalaçons municipais.
Ainda, segundo testemunha locais, um helicóptero das forças armadas espanholas teria aterrado ontem no campo de futebol da localidade, permanecendo até este momento ali.
1 de maio a mudança será efectiva
A data escolhida nom podia ser mais provocadora. Segundo dixo o presidente da Cámara Municipal vilalvesa no final da sessom à única equipa dos meios de comunicaçom que já estava no local (a TVG), a data escolhida para fazer efetiva a mudança é o 1 de maio por um duplo motivo. O primeiro é "por pura prática: é o primeiro dia do mês". O segundo, é bem mais curioso e indecente: "Dom Manuel foi sempre um grande trabalhador polo povo da nossa vila" –assegurou um representante do partido espanholista no poder municipal- "por isso, pensamos que nom havia dia melhor que o do trabalho" para dedicar-lhe o nome ao velho franquista morto.
As reaçons da esquerda galega nom demorarám a se produzir.
Foto: JN