Na página especial, criada pelos ativistas, os "indignados" fazem cálculos dos casos registrados de detenções realizadas pela Polícia. Segundo revelam os dados, desde setembro do 2011 até este 28 de janeiro as forças de segurança estadunidenses detiveram ao todo 6.129 pessoas em 110 cidades norte-americanas. As razões principais das detenções foram a insubmissão ante as autoridades e a desordem pública.
Não é o final
Ainda neste sábado, a Polícia dos EUA empregou gases lacrimogêneos e granadas estonteantes para dispersar centenas de ativistas do movimento "Ocupa Oakland", que iniciaram sua marcha cerca do museu Oakland da Califórnia.
Como consequência dos fortes confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes, três polícias ficaram feridos e uns 150 "indignados" foram detidos.
Pouco antes, as autoridades da capital estadunidense, Washington, advertiram os dois acampamentos do movimento que seguem a pé, que o "segunda-feira ao meio dia" aplicarão as medidas que porão fim aos assentamentos e darão luz verde à detenção de todos os que opuserem resistência.
"Podem estar aqui 24 horas ao dia, mas o que não podem fazer é viver aqui, dormir aqui. O que tentamos fazer é usar regulações progressivas e controladas para que a gente cumpra com as portarias", proclamou no sábado Carol Johnson, porta-voz do Serviço Nacional de Parques.
"Respeitamos a Primeira Emenda, é seu direito. Mas não podem acampar. Poderiam realizar vigílias e ter tendas de campanha se fossem por motivos simbólicos ou logísticos. Podem ocupar como uma vigília não como um acampamento", concluiu.
"Ocupa Wall Street" surgiu na cidade de Nova York a 17 de setembro do 2011 em protesto contra o atual sistema econômico estadunidense, ao considerar que fomenta as desigualdades sociais e a cobiça das grandes corporações. Pouco tempo depois, a onda de manifestações alastrou para 951 cidades em 83 países de todo mundo.