A diretora-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, declarou que não há dinheiro suficiente no fundo para cobrir o rombo generalizado das economias europeias.
Lagarde afirmou que o FMI consegue apenas cumprir as atuais obrigações, mas a situação pode mudar se a crise internacional se agravar. A declaração da diretora-chefe do FMI vai de encontro com a falência iminente da Grécia que está prestes a pedir o calote da dívida do País que é estimada em mais de 300 bilhões de dólares.
A declaração também é uma clara chantagem do FMI para forçar os governos europeus a apertarem ainda mais o cinto contra os trabalhadores, colocando em prática a política do plano de austeridade. O FMI quer nitidamente forçar a Grécia e os demais países endividados a confiscarem ainda mais suas populações.
A proposta do FMI e da Comissão Europeia é continuar recapitalizando os bancos por meio do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Para isso querem aumentar a verba do fundo que é atualmente de 440 bilhões de euros para dois trilhões de euros.
Com este dinheiro, o Banco Central Europeu vai comprar mais bônus das dívidas italianas e espanholas para, em tese, evitar que estes países necessitem de um pacote integral de ajuda.
Urubus de olho na carniça
Enquanto a economia grega está sucumbindo em meio a uma econômica e social, o FMI e a Comissão Europeia, representantes diretos dos banqueiros e capitalistas internacionais estão fiscalizando se o País está aplicando corretamente as metas para redução do déficit fiscal e os planos de austeridade.
A Grécia ainda recebe dinheiro de um pacote aprovado em maio do ano passado de 110 bilhões de euros. A última parcela, 8 bilhões de euros, ainda não foi repassada e está condicionada ao "bom comportamento" do governo grego em atender os interesses dos banqueiros.
Sem a parcela deste mês, a Grécia vai deixar de cumprir pagamentos básicos levando a um calote generalizado.
Os trabalhadores gregos e europeus devem continuar se levantando contra a decisão do governo de vender o País a preço de banana entregando toda a riqueza para os banqueiros e especuladores internacionais.