Diante da galeria da Assembleia Legislativa, mais de nove mil professores se reuniram para discutir o movimento e votar pela continuidade da greve e uma agenda de mobilizações programada até a próxima terça-feira (20). Esta é a maior greve estadual das últimas duas décadas.
Os professores, que contam com apoio de personalidades como Fernando Morais, Luís Fernando Veríssimo e Leonardo Boff, contaram também com apoio de parlamentares ligados ao bloco Minas Sem Censura e a solidariedade dos trabalhadores dos Correios, que deflagraram greve nos últimos dias. Estudantes e movimentos sociais como o MST e a Via Campesina marcaram presença no ato.
Após a votação os professores percorreram pelo Centro da capital mineira até o Pirulito da Praça Sete, no coração da cidade. Bandeiras, apitos, alegria, solidariedade de transeuntes e moradores de prédios marcaram este ato, que foi encerrado aproximadamente às 18h15.
O governo tucano de Antonio Anastasia mantém sua postura avessa à negociação para o atendimento do piso salarial nacional de R$ 1.187,97 para uma carga horária de 40 horas e continua insistindo na proposta de R$ 712,20 para uma jornada de 24 horas semanais. O cinismo do governo do PSDB chega a afirmar, nas palavras de Ana Lúcia Gazzola, secretária de Educação, que o pagamento exigido pelo Sind-UTE extrapola o determinado pelo Ministério da Educação.
Nesta sexta-feira (16) haverá um ato de protesto dos professores às 18 horas na Praça da Liberdade, quando o governador Anastasia inaugurará o “Relógio da Copa”, que contará os mil dias remanescentes para o início do megaevento.
Até quando este governo continuará ilegal? Não sabemos, mas se depender da disposição dos professores a greve se estenderá até a Copa do Mundo de 2014.