A coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira, explica o posicionamento dos professores. “O que o governo de Minas nos apresentou não é a aplicação do piso. O governo coloca profissionais com ensino médio, licenciatura plena e pós-graduação recebendo o mesmo valor. Mas, o piso é para o nível médio e (progressivo) dentro da carreira. Da mesma forma, pela proposta do governo, o servidor que tem um ano de serviço ou que tem 30 anos, o vencimento básico dele é R$ 712”.
O Ministério Público Estadual declarou à imprensa que se os professores não retornarem ao trabalho rapidamente, o órgão irá entrar com uma ação civil pública pedindo a ilegalidade da greve. Beatriz afirma que o tempo excessivo da greve é de responsabilidade do governo estadual, que se recusa a aplicar a lei do piso.
“O que nós esperamos é que o Ministério Público tenha uma postura de cobrar e determinar que o governo do estado cumpra a lei 11.738 (Lei do Piso). Decretação de ilegalidade da greve não é o que põe fim ao movimento. Será uma forma arbitrária, desleal, que não respeito o movimento, caso haja essa decretação de ilegalidade da greve”.
A greve iniciou no dia 8 de junho e é a mais longa paralisação de professores da década em Minas Gerais.