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BNG exige restauraçom de apelidos, embora os seus deputados e deputadas continuem a deturpá-los

100311_lingua_onomastica_lobeira_bieito_parlamentoGaliza - Diário Liberdade - O Grupo do BNG apresentou ontem umha proposiçom de lei para 'restituir' os apelidos galegos com a suas formas originais.


A direita espanhola, que mostrou o seu habitual desprezo à cultura e língua galegas, rechaçou, como era de esperar, a proposta dos nacionalistas.

Até aqui todo parece correr com a 'normalidade democrática' que a situaçom exige.

Porém, a intervençom do deputado espanholista Agustín Baamonde deixou em evidência o que grande parte da militáncia de base do associacionismo cultural galego acha sobre estas medidas de boca para fora do BNG.

Assim, após tentar ridicularizar o galego com exemplos absurdos como que '3 ao cubo' se diria '3 ao caldeiro' e bobagens do estilo, que mesmo dam vergonha alheia reproduzir e mostram o baixo nível cultural deste deputado, o representante do Partido Popular acabou por afirmar umha grande verdade: "impulsionam umha normativa para reestabelecer o apelido quando nas suas fileiras vários deputados do BNG o mantenhem em castelám".

Ou dito com um sábio refrám galego, senhor Lobeira, dixo-lhe a pota ao caldeiro.

Nom lhe falta razom ao porta-voz da cidadania reacionária. O 'progre' de Lobeira fica sem argumentos com umha simples vista de olhos aos apelidos do seu grupo parlamentar.

Assim, dos doze deputados e deputadas que tem o Bloco Nacionalista Galego, no mínimo três tenhem os apelidos deturpados, e dizemos no mínimo já que caso queiramos reestabelecer os apelidos como eram na sua origem, quer dizer, com a grafia galega, entom o número é maior.

Contodo, resultam francamente injustificáveis a forma 'Blanco' do ex-conselheiro de indústria, os do deputado por Ponte Vedra, Viéitez Alonso e o da senhora deputada, também por Ponte Vedra, Villamarín. Todos eles, se quigessem predicar com o exemplo deveriam ser restaurados nas suas formas originais Branco, Bieites Afonso e Vilamarim.

O reintegracionismo metafísico do BNG

Aliás, o que foi eleito deputado mais sexy do parlamento (depois pergunta-se a sociologia o porquê do aumento da abstençom nas 'democracias' da Europa ocidental), deu mais umha vez mostras de falta de rigorosidade e de ignoráncia ao tentar agir de filólogo. O coitado de Lobeira, para ilustrar a situaçom, botou mao do apelido do presidente e dixo que enquanto existem "7.000 Feijóo, só há três Feixóo". Neste ponto, parou-se para meter o pé na poça ao afirmar que o primeiro dos antropónimos "non significa nada" enquanto o segundo é relativo a 'feijoada' (para ele com escrito com "x"), polo qual conclui o deputado, "traduziu mal", já que teria que ser 'frijol ou frijolito'.

Resulta curioso que Lobeira diga tal sandice quando ao mesmo tempo defende a pertença do galego ao ámbito lusófono. O apelido Feijoo nom foi nem castelhanizado nem deturpado senom que se mantivo inalterado desde a Idade Média. O que foi castelhanizada foi a sua pronúncia. Haveria que esclarecer ao senhor Lobeira que muitos galegos e galegas que se apelidam Feijoo ou Feijó som reintegracionistas e nom querem escrever o seu apelido em galego com grafia da RAG, ou o que é o mesmo, espanhola, preferindo escrevê-lo com o "j" etimológico como é grafado no resto na lusofonia. Como exemplo podemos dar-lhe o do seu companheiro de partido e um significativo vulto do reintegracionismo, Elias Torres Feijó.

Nom obstante, se calhar podemos considerar mais grave o acatamento do BNG, à proposta do PSOE, de incorporar na normativa umha referência explícita à autoridade lingüística da Real Academia Galega (RAG).

Felizmente, essa trapalhada de lei nom foi aprovada pois continuaria a proibir que muitos galegos e galegas, defensores coerentes da língua e cultura deste país, pudéssemos reabilitar os nossos apelidos com os corresposndentes "j", "g" "nh", "lh" e "ç", como recentemente lhe aconteceu a umha militante de Nós-UP no sul da Galiza.

Com certeza o senhor Agustím Baamonde representa umha Galiza renegada, ignorante e reacionária. Mas a pergunta é, representa Bieito Lobeira a Galiza orgulhosa, culta e avançada pola qual muitos e muitas de nós luitamos?


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