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130411_novelaBrasil - PCO - A novela "Amor e Revolução" corre o risco de ser tirada do ar caso o Ministério Público aceite o pedido dos militares que promovem um abaixo assinado para censurá-la.


Após uma semana de exibição, a novela do SBT "Amor e Revolução" corre o risco de sair do ar. Militares começaram um abaixo-assinado através do site militar.com.br e pretendem encaminhá-lo ao Ministério Público para que este censure a novela. A iniciativa dos militares tem como objetivo tirar a novela do ar. O pretexto da censura seria porque na visão dos militares a novela que retrata o romance de uma militante de esquerda e um militar denegriria a imagem das Forças Armadas por mostrar que houve tortura durante a ditadura.

Tirar uma novela do ar é um grande ataque a liberdade de expressão e de crítica. Segundo este setor que deu um golpe de Estado patrocinado pelo imperialismo se determinada obra ou idéia não os agradam, eles teriam o direito de simplesmente proibir sua divulgação. Neste sentido, a própria existência do abaixo assinado, independente deste conseguir ou não censurar a novela, mostra os planos que os militares e a direita tem para o país caso seus interesses estejam ameaçados.

A intenção dos militares pode ser observada em trechos do texto usado no baixo-assinado: "As Forças Armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que tal novela seja exibida, pelos motivos óbvios abaixo declarados. Convém salientar que as Forças Armadas já se manifestaram negativamente a respeito da novela Amor e Revolução". E ainda completam: "Sendo assim, o efetivo da Forças Armadas, tanto da ativa como inativos e pensionistas, vêm respeitosamente através desse abaixo-assinado, como um instrumento democrático, solicitar do digno Ministério Público Federal, representado acima, providências em defesa da normalidade constitucional, vista o cumprimento da lei de anistia existente, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Nestes termos pede deferimento em caráter urgentíssimo".

Neste momento, há um debate sobre uma possível abertura dos arquivos da ditadura. Desde 2009, o governo aprovou a formação da Comissão da Verdade, responsável por investigar os crimes dos militares durante a ditadura, como a tortura e assassinato de opositores.

Mesmo com o governo federal tendo declarado que não pretende punir nenhum militar que torturou e assassinou na época da ditadura (a maioria ainda está vivo), a cúpula das Forças Armadas se mantém contrária a qualquer tipo de investigação.

Da mesma forma, os militares quererem censurar qualquer tipo de crítica à ditadura, por mais moderada que esta crítica possa ser.

É preciso denunciar esta política dos militares, pois se ela for vitoriosa pode abrir um precedente para que qualquer crítica à ditadura militar. Esta iniciativa é parte de uma ofensiva geral de toda a direita e quem tem como objetivo acabar com os direitos democráticos da população.


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