Neste tempo mudou várias vezes de denominaçom para a partir de abril de 2.006 passar a denominar-se BRIGADA DE INFANTARIA LIGEIRA BRILAT “GALICIA” VII.
Embora também tenha presença em Astúrias e em Valhadolid, o núcleo central da BRILAT é a Base militar “General Morillo”, situada em Figueirido.
Esta unidade espanhola de intervençom rápida reclama-se herdeira dos “tercios” de Flandres e das diversas unidades de combate que Espanha empregou ao longo dos séculos para manter o seu império em contínuo declinar [Rif], ou já mais recentemente participando nas operaçons de guerra de ocupaçom imperialista no Afeganistám sob comando da NATO e disfarçadas de “operaçons humanitárias”.
Tal como sinala a propaganda da BRILAT “Sobrenomes de EL FIEL, EL GLORIOSO, EL LEAL, EL OSADO, EL PROFETIZADO, EL VENCEDOR, estám unidos ao nosso Património desde 1537, há quatrocentos sessenta anos”. Pois os “Regimentos de Infantaria enquadrados na BRILAT, som heredeiros e depositários das tradiçons de algumhas das Unidades mais antigas do Exército de Terra Espanhol”.
A BRILAT é umha das principais unidades das forças de ocupaçom espanholas na Galiza. Umha arma letal ao serviço do imperialismo espanhol e da NATO.
Coincidindo com o seu 50 aniversário a BRILAT pretende realizar um desfile militar comemorativo na cidade de Ponte Vedra na segunda semana de setembro. Normalmente o desfile tem lugar em junho nas instalaçons de Figueirido, mas este ano metade da unidade participa num exercício militar da NATO na Polónia.
Há uns dias, Luis Cebrián Carbonell, general-em-chefe da BRILAT reuniu com Miguel Anxo Fernández Lores, presidente da Cámara Municipal de Ponte Vedra polo BNG, para solicitar colaboraçom nesta e noutras inciativas como um desfile de bandas militares e umha exposiçom. O que se procura, por palavras do general espanhol, é que “os ponte vedreses podam assitir ao ato livremente e misturar-se com a que é a sua Brigada” (sic).
Contrariamente aos princípios que o BNG afirma defender, o alcaide de Ponte Vedra manifestou a sua vontade de colaborar com estas iniciativas do militarismo espanhol pois com a BRILAT “temos umha relaçom institucional ampla em muitos sentidos porque a BRILAT sempre colabora com o Concelho em atividades desportivas, do voluntariado, no tema dos incêndios florestais e tal, e portanto nós estamos abertos à colaboraçom, e se eles necessitam espaços para fazer atividades e tal nós vamos buscar maneira de compaginar todo e fazer o possível” (sic).
Impresionante! Assim é como a UPG pretende refundar o BNG e recuperar o espaço perdido no ámbito da esquerda e do movimento de libertaçom nacional!, cedendo as ruas cêntricas de Ponte Vedra à ocupaçom militar da cidade do Leres polos 2.200 efetivos da BRILAT. Assim é como o BNG pretende manter um diálogo e colaboraçom fluída com a esquerda independentista e socialista galega?
Lamentavelmente isto nom é um caso isolado, pois já em 12 de outubro do ano passado Lores participou na comemoraçom do “Dia da Hispanidade” nas instalaçons da Guarda Civil.
Sem pretendermos hoje realizar um informe pormenorizado do colaboracionalismo do nacionalismo galego com o militarismo, sim lembramos outro sangrante caso. Em 2011 Xosé Manuel Pérez Bouza, daquelas senador do BNG, solicitou a instalaçom no coraçom da Límia, no concelho de Trás Miras, da quinta base militar ianque de avions nom tripulados.
O que Lores e o BNG deviam fazer, em consonáncia com os princípios anti-imperialistas e antimilitaristas que afirmam defender, é negar qualquer colaboraçom na apologia do militarismo e solicitar a saída da BRILAT de Figueirido.
Agora Galiza denúncia este colaboracionismo e apela à direçom do BNG a desautorizar o governo municipal de Ponte Vedra, e no caso de continuarem para adiante apelamos para o conjunto das forças populares de Ponte Vedra e da Galiza a dar umha resposta na rua.
Exército espanhol fora da Galiza!
Direçom Nacional de Agora Galiza
Na Pátria, 5 de fevereiro de 2016