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220715 lstGaliza - Primeira Linha - Luita sem trégua pola independência e a Pátria Socialista


Com satisfaçom avaliamos que por primeira vez em décadas haja umha única manifestaçom no Dia da Pátria.

Porém, lamentamos que a convocatória tenha sido fruto de um opaco e excluinte processo, que impossibilitou a incorporaçom ao grupo promotor de todas as sensibilidades das forças e pesssoas que formamos parte da Galiza que nom se submete ao plano de extermínio que para nós tem desenhado Espanha. Lamentamos que nom esteja hegemonizada pola maioria social galega, a classe obreira e os setores empobrecidos e excluidos.

Lamentamos que o resultado do que deveria ser umha jornada histórica de afirmaçom da nossa vontade de sermos umha Naçom soberana se tenha feito tarde e mal, impossibilitando umha mobilizaçom maciça que somasse a centenares de coletivos e associaçons que pensam em chave de país e som essenciais na auto-organizaçom nacional do povo galego.

Lamentamos que a manifestaçom esteja presidida por umha preocupante carência de ambiçom e vontade real de ativar e multiplicar as enormes potencialidades do movimento popular galego.

Convocar o Dia da Pátra sob a legenda “A naçom galega” é um retrocesso de décadas, expressom do letal virus cidadanista que pretende invadí-lo todo, do timoratismo galeguista, desse espírito individualista e conciliador que só inocula derrotismo porque nom acredita nas possibilidades reais de atingirmos umha Pátria livre, independente e soberana.

Um 25 de Julho unitário tem que ter um indiscutível conteúdo reivindicativo de afirmaçom patriótica que permita marchar conjunta e comodamente a todas as forças, coletivos, entidades e pessoas do nacionalismo, independentismo e do galeguismo. Nom pode ser umha inofensiva jornada folclórica de simples afirmaçom da “galeguidade”.

A situaçom da Galiza é de emergência nacional. Nunca estivemos tam próximos do precipício ao que nos empurra o projeto imperialista espanhol, que leva mais de 500 anos tentando a nossa plena assimilaçom e desapariçom como povo.

Todos os dados objetivos indicam que se nom se produz um revulsivo, Galiza como naçom está à beira da derrota estratégica.

O galego já é língua minoritária, a grave crise demográfica, o incremento da pobreza e do atraso, a destruiçom sistemática dos nossos setores produtivos, o saqueio dos recursos energéticos e minerais, impossibilitam a nossa continuidade como povo e naçom. Nom som factos isolados, fruto do malfado, som resultado dumha estratégia deliberada que pretende culminar a plena dominaçom, opressom e exploraçom iniciada no século XV.

A única forma de evitá-lo é a luita organizada e coletiva sob o princípio de auto-organizaçom nacional. Os graves problemas da classe trabalhadora galega, das camadas populares, do povo empobrecido, da juventude e das mulheres, só se podem solucionar recuperando a nossa soberania nacional. E esta só se atingirá mediante umha Revoluçom, que sob um programa de orientaçom socialista e feminista logre movimentar às maiorias sociais.

O ilusionismo eleitoral já deixou claro o seu curto percorrido fraudulento na Grécia. Seguir acreditando no fetichismo das urnas burguesas só provocará enormes frustraçons que abrirám as portas à saída autoritária da burguesia: o fascismo.

É necessário combater sem trégua as falsas alternativas socialdemocratas espanholas tam funcionais para o regime do Ibex 35, e favorecer a volta à posiçons patrióticas galegas de aqueles setores da esquerda nacional abduzidos polos cantos de sereia da falsa e enganosa “nova política”.

No 40 aniversário da morte de Moncho Reboiras, a melhor homenagem que @s comunistas galeg@s podemos fazer-lhe é seguir construindo o partido da Revoluçom Galega, contribuir à reorganizaçom e reimpulso da esquerda independentista e socialista galega, e facilitar a criaçom de espaços de unidade entre todas as organizaçons que temos o nosso centro de gravidade na Galiza.

O conjunto das forças da esquerda nacionalista e independentista temos que facilitar sem mais demora um processo de reorganizaçom integral, constituir o Pólo Patriótico rupturista, que nos permita injetar entusiasmo em milhares de ativistas decepcionados e desconcertados, optimizar recursos dispersos, e dotar ao povo trabalhador e à Pátria do instrumento político-social que nos conduza face a nossa emancipaçom e liberdade.

Viva Galiza ceive, socialista e feminista!

Antes mort@s que escrav@s!

Até a vitória sempre!

Reboiras vive, a luita continua!

Viva a Revoluçom Galega!

Galiza, 25 de Julho de 2015


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