Membros do sindicato da esquerda nacionalista galega despregárom umha bandeira galega de grandes dimensons e pendurárom-na do miradouro do Porto de Vigo.
A açom de protesto visava reclamar os direitos nacionais que a Galiza tem como povo nom espanhol. Quer dizer, o direito inalienável do povo galego à autodeterminaçom, incluído o direito à independência nacional.
A bandeira que tinha um comprimento de seis metros foi pendurada pouco antes do início da terceira jornada desta prova ciclista e chamou a atençom dos numerosos ciclistas estrangeiros que participavam nela, muitos dos quais ficárom a olhar com curiosidade a açom do sindicato galego.
Segundo informou ao jornal Sermos Galiza um sindicalista que participou do evento na cidade olívica "Foi um protesto simbólico promovido pola CIG da comarca", para "visibilizar o carácter nacional de Galiza perante a afirmaçom identitária do espanholismo" que usa os desportos para se espalhar polas naçons nom castelhanas.
O mesmo semanário galego informa de que provavelmente açons como esta se repetirám nas vindouras etapas do campeonato espanhol na sua passagem pola Galiza.
Assédio policial, a resposta da 'democracia' espanhola
Na comarca do Salnês aparecêrom grafittis com a palavra de ordem em inglês "A Ilha is not Spain".
Por seu turno, no Alto da Groba, em Baiona, militantes do Bloco Nacionalista Galego fôrom retidos e identificados por elementos da polícia espanhola polo simples facto de pintarem um mural com a legenda Galiza naçom.
La Vuelta a "Espanha"
A Vuelta a España (em galego, Volta a Espanha ou Volta da Espanha), em bicicleta, é depois do Tour de França e o Giro de Itália, um dos eventos de ciclismo de estrada mais importantes da Europa.
No entanto, as constantes tensons nacionais existentes nesse invento que a burguesia denominou Espanha costumam misturar-se com o puramente desportivo fazendo que o que semelha umha simples prova desportiva acabe por se tornar umha questom de identidade nacional. De facto, a Espanha sempre visou utilizar os desportos como desculpa para impor símbolos nacionais alheios ao povo galego como a bandeira e o hino do Reino da Espanha, ambos impostos polo franquismo em 1936 e vistos por muitos habitantes da Galiza como estrangeiros e por muitos habitantes doutros territórios, simplesmente, como fascistas.
Para além de na Galiza, noutras naçons sem estado do Estado espanhol como o País Basco e a Catalunha a passagem da Vuelta polo seu território sempre é polémico e contestado por importantes setores sociais.
Na Galiza a esquerda independentista e coletivos como Seareiros Galegos já fôrom noutros anos alvo da repressom e a tentativa de censura por organizar protestos contra a inclusom da Galiza nesta Volta que supostamente percorre "Espanha".