Um dos motivos da atual crise económica no Estado foi o elevado gasto público durante o ano do tijolo em infraestruturas, muitas delas em desuso e vinculadas a casos de corrupçom. Apesar da promesa dos governantes de acabar com este modelo económico, na Galiza continua adiante umha nova autoestrada pola Ribeira Sacra para a que, hoje, nom há demanda objetiva de tránsito.

A N-120, que hoje cobre a saída da Galiza por Vale de Orras, tem umha densidade de veículos diária que oscila entre os 4.200 e os 7.800 aproximadamente. A quantidade de tránsito recomendada pola Uniom Europeia para realizar um desdobramento de estrada de 2 a 4 faixas é de 10.000 a 15.000 veículos diários. Quer dizer, é preciso duplicar o volume de tránsito para justificar a autoestrada.

Som dados da ADEGA. A maior associaçom ecologista do país denuncia que o Ministério de Fomento espanhol nom incluíu estes dados de tránsito da N-120 na Declaraçom de Impacto Ambiental. 

É mais, acrescentam que "no atual marco de crise económica a densidade de tránsito nos 4 puntos de control dos que há dados, desceu 10%, metade no último ano analisado (2012). A tendência, portanto, é à baixa".

Outro dos argumentos dos opositores contra a autoestrada é a candidatura da Ribeira Sacra a Património da Humanidade da Unesco, apoiada por todo o tecido social da comarca. Assim ADEGA lembra que o organismo internacional exige que  "os processos biofísicos e as características da terra deverán estar relativamente intatos". É bom lembrar que o Minho e o Sil, as artérias da Ribeira Sacra, já sofrem um enorme deterioro ambiental polas contínuas barragens.

A autoestrada tem um orçamento de 1200 milhons de euros. A manutençom custaria 3 milhons de euros cada ano.