Os detidos pela CIA na base ilegal de Guantánamo, em Cuba, e outras prisões – inclusive secretas – suspeitos de ligação com organizações terroristas como a Al-Qaeda sofreram com métodos de interrogatórios que incluíam torturas, como afogamento e privação do sono.
Esses métodos violam os princípios da dignidade humana e desrespeitam o direitos humanos, mas as autoridades estadunidenses justificavam as irregularidades afirmando que, pelos supostos crimes cometidos pelos detentos, eles não mereciam ser tratados como cidadãos com direitos essenciais como todas as outras pessoas.
Aprovado em 2012, em abril deste ano votou-se pela publicação do relatório pela Comissão de Inteligência do Senado, responsável pela compilação dos documentos.
A CIA esteve envolvida num escândalo de espionagem das ações da comissão do Senado sobre o relatório este ano, admitida pelo diretor da agência, John Brennan, provavelmente com a intenção de travar os processos para que seus abusos são fossem revelados ao público.
O presidente dos EUA Barack Obama já havia admitido em agosto que seu país torturou supostos terroristas. "Fizemos certas coisas que são erradas", incluindo "torturas à algumas pessoas", disse Obama naquela oportunidade.
Esta semana, o terrorista e ex-presidente dos EUA George W. Bush defendeu as torturas praticadas pela CIA, em declaração à CNN: "Temos a sorte de contar com homens e mulheres que trabalham duro na CIA. São patriotas e, seja qual for o relatório, seria um grande erro que suas contribuições ao nosso país sejam diminuídas".
Apesar de recentemente a ONU (Organização das Nações Unidas) ter solicitado à Casa Branca a publicação dos documentos, os republicanos, os serviços de inteligência e o secretário de Estado John Kerry não gostaram do anúncio da divulgação, argumentando que isso representaria uma ameaça aos EUA.
Realmente, a verdade é uma ameaça ao imperialismo terrorista ianque...