Foto: PCO
As escolas do estado de São Paulo tomadas por estudantes com apoio de professores, pais e funcionários, mostram as claras as tendências a uma generalização da luta contra a política criminosa do governo de fechar escolas, superlotar salas de aulas e demitir milhares de professores e funcionários, intensificando o caos na rede pública de ensino em favor do ensino privado e dos tubarões capitalistas que querem abocanhar parcelas ainda maiores do orçamento da Educação.
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Para deter esta ofensiva tucana contra o ensino público e em favor dos tubarões do ensino privado, o único caminho é intensificar a mobilização, cercando de apoio as escolas ocupadas e generalizando as ocupações em todo o Estado para não permitir o fechamento de nenhuma escola e o deslocamento de estudantes para escolas mais distantes do local de moradia.
Intensificando a mobilização
Com novas reuniões e atividades comuns e a mobilização de todos os setores, as manifestações estão aumentando a disposição de luta de toda comunidade. Cresce a compreensão também da necessidade de uma luta comum, unificada, de todo o Estado contra o golpe do governo inimigo da Educação.
Em todo o Estado, centenas de escolas, milhares de alunos, professores, pais e alunos, já estão nas ruas.
Intensificar, generalizar e unificar a mobilização com grandes atos locais, mas principalmente no centro de São Paulo é o caminho para derrotar a ofensiva do governo e fazê-lo recuar.
É preciso também intensificar o trabalho de esclarecimento intensificando a denuncia por panfletos e boletins (como vem fazendo o PCO, a Corrente Educadores em Luta e AJR) sobre os planos do governo.
Para fortalecer a organização independente da burocracia, nas escolas ocupadas e mobilizadas e em toda a rede, construir comitês de luta contra a reorganização com estudantes, professores, pais e funcionários para fortalecer a mobilização envolvendo todos os setores da comunidade escolar.
Superar a burocracia sindical, estudantil e derrotar a política traidora da esquerda pequeno-burguesa
As lutas atuais estão evidenciando a necessidade de uma ampla reorganização no movimento de luta dos educadores e estudantes.
Em boa medida, a mobilização acontece, enfrentando e superando a paralisia de setores da burocracia sindical e estudantil. Seja das alas mais tradicionais desta burocracia, que não têm disposição para qualquer mobilização real e que muitas das vezes se integraram ao aparato burocrático do governo, assumindo cargos de gestão, se opondo a qualquer luta e permanecendo à frente das entidades apenas como administradores e organizadores de eventos sociais; seja dos setores da esquerda pequeno burguesa que defenderam o recuo da última greve sem qualquer conquista, apostaram na divisão se colocando contra qualquer mobilização geral, unificada, não organizaram e não impulsionaram qualquer campanha contra a “reorganização”, mas procuram “surfar” na mobilização liderada pelos estudantes, realizando de fato uma campanha eleitoral, visando seus próprios objetivos nesta luta.
Além da ampliação, generalização e o apoio às ocupações é necessário fortalecer ainda mais a luta contra a “reorganização” com uma grande manifestação de rua para parar São Paulo no próximo dia 04 de dezembro, para iniciar a greve geral da Educação, com a participação de toda a comunidade escolar.