Com base na discussão estratégica da Universidade Popular, vem-se elaborando bandeiras de luta específicas e gerais que tem por objetivo construir um amplo movimento nacional de luta pela universidade popular. Nesse sentido, o GTNUP tem um sentido mediador, pois é a ponte entre as lutas dispersas e o movimento nacional que ainda está para ser consolidado. O grande desafio está na constituição de ações práticas que acumulem forças para a ofensiva do movimento universitário. O GTNUP não é uma nova entidade ou organização política. A criação do GTNUP tem a função de manter coeso o grupo de organizadores e participantes do SENUP, para colocar em prática as diretrizes debatidas e aprovadas coletivamente.
Na terceira reunião, que ocorreu em Goiânia em Novembro de 2012, iniciamos um processo de formulação de campanhas e lutas importantes. Na ocasião, formulamos o eixo de luta pela “Produção de Conhecimento para o povo” e contra o PL 2177 – Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que resultou na primeira cartilha do GTNUP: (disponível em: http://gtnup.files.wordpress.com/2013/07/cartilha.pdf). Também nessa reunião, deliberamos sobre a importância do envolvimento de cada grupo local de luta pela universidade popular na campanha contra a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
Agora, na quarta reunião, pretende-se estender os debates e as lutas para outros campos: democracia universitária e extensão popular. Nesse caminho, de análise e apontamentos concretos para a luta, vamos edificando o movimento por uma universidade popular, que deve ser construído em cada espaço de atuação, seja universitário ou popular.
O método de trabalho do GTNUP tem sido o de debates plurais e horizontais, onde nos orientamos exclusivamente pela via do consenso entre as organizações componentes, entidades e militantes. A unidade do GTNUP é produto de um longo processo de maturação política, na qual uma estratégia comum de disputa da universidade tem sido partilhada pelo mesmo campo político de militantes, organizações e entidades.
Neste espaço buscamos compreender a universidade popular como a estratégia necessária para a reorganização do movimento universitário a nível nacional e a partir da base, ou seja, de “baixo para cima”, direcionando as nossas tarefas imediatas no movimento para o horizonte mais amplo de universidade que consiga romper com o domínio do capital e produza conhecimento com e para o povo brasileiro. Essa compreensão abre possibilidades de acúmulo organizativo e ideológico para o movimento, já que cria a necessidade de travar permanentemente essas lutas em novas formas, com mais fôlego e organização formando um bloco ofensivo.
Essa estratégia leva em consideração o entendimento de que hoje lutar pela universidade pública, gratuita e de qualidade se tornou limitado para traçar um horizonte de superação da situação atual. É claro que defender e aprofundar o seu caráter público é fundamental. No entanto, a situação colocada exige que identifiquemos os sujeitos da transformação da universidade – que só se transformará ligada a uma ampla luta social – ou seja, os trabalhadores e os setores populares explorados e oprimidos pelo bloco de poder dominante.
Nesta atividade reuniremos estudantes, docentes, servidores técnico-administrativos e movimentos sociais. A programação inicial é a seguinte:
Dia 18, sexta-feira:
18h – Análise de conjuntura e avaliação da nossa articulação.
Dia 19, Sábado:
9h – Democracia e extensão popular.
14h – Organização interna do GTNUP – carta de princípios.
Dia 20, Domingo:
9h – organização do 2º Seminário Nacional de Universidade Popular
Todos militantes, organizações, movimentos, entidades, estudantes, professores e técnicos, dispostos a luta e construir o projeto da universidade popular estão mais do que convidados.
Criar, criar, Universidade Popular!
Grupo de Trabalho Nacional de Universidade Popular