A matéria intitulada Lotação da estação Paulista já supera, proporcionalmente, a da Sé, mostra que após sete meses da inauguração integral da Linha, a estação Paulista, da Linha 4-Amarela, está recebendo o dobro de passageiros de sua capacidade. Projetada para que 145 mil passassem pelo local, circulam pela estação todos os dias pouco mais de 300 mil pessoas.
A linha amarela, inclusive, é atualmente o maior exemplo do caos à que o transporte público, em particular o metrô, foi submetido pelos governos do PSDB em São Paulo. O projeto atual foi elaborado em 1995, o primeiro ano da gestão do PSDB, em São Paulo, com o então governador Mário Covas. A construção da linha, no entanto, ainda não chegou ao fim. Em obras desde 2004, a “linha da integração”, como o governo tucano gosta de chamá-la, tem sua conclusão prevista apenas para 2014. Vale ressaltar que a em 2007 a estação Pinheiros desabou, matando sete pessoas. Além disso, foram constatados diversos erros durante a execução da obra.
O atraso e a ineficiência na construção da linha amarela não são mera coincidência. Esta foi a primeira a ser completamente entregue aos capitalistas por meio da privatização realizada que, entre outras coisas, deu ao consórcio vencedor o direito de explorar os lucros das estações pelos próximos 30 anos. O dinheiro para construção da obra, no entanto, veio do orçamento público.
Os problemas na linha estão diretamente ligados a esta política. O mesmo ocorre no trânsito de São Paulo onde os recursos públicos que deveriam ser usados para melhorar a situação da cidade são entregues aos capitalistas. A consequência é um “apagão” no transito todos os dias, com centenas de milhares de vias congestionadas. A luta em defesa de um transporte público de qualidade, neste sentido, deve barrar a política do PSDB.
Fotografia: Metrô de São Paulo na hora do pico. Autor: Oscar Barro, arquivo do Diário Liberdade.