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210912 aguapoluicomBrasil - Observatório do Trabalhador - O Sindipetro-RJ acompanha os desdobramentos da acusação da Polícia Federal, divulgada esta semana, de que a Petrobrás despeja em altomar resíduos tóxicos resultantes da produção de petróleo. O inquérito foi aberto pela Divisão de Crimes Ambientais da PF no Rio de Janeiro e já foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Fábio Scliar, só em 2011 foram 546 milhões de litros de água contaminada lançados no oceano.


Essa água contaminada, chamada “água de produção” ou “água negra”, vem à superfície junto com o petróleo extraído em plataformas marítimas, a maio¬ria na Bacia de Campos (RJ), e contém gra¬xas e elementos químicos nocivos ao meio ambiente e à saúde.
 
Para o delegado, as investigações mostraram que a Petrobrás é “leviana” no tratamento de resíduos da extração petroleira. Scliar ainda afirma que a fiscalização do Ibama é ineficaz. As investigações começaram há 10 meses, quando a Polícia Federal realizou operação para apurar suspeita de descarte de poluentes da Reduc, diretamente nas águas do Rio Iguaçu. As irregularidades foram confirmadas e a Petrobrás multada, além de se comprometer a construir, até 2017, uma nova unidade de tratamento de resíduos.
 
A Petrobrás divulgou nota dizendo que respeita e atende os requisitos da legislação ambiental brasileira e internacional. “A água produzida junto com o petróleo nas plataformas é tratada e descartada de acordo com a legislação brasileira, que é tão rigorosa quanto nos EUA e na Europa. Nas plataformas onde não há sistema de tratamento, a água é enviada para outras plataformas ou outras instalações para destinação adequada”, informa a empresa.
 
Mas o coordenador da Secretaria de Saúde, Meio Ambiente, Segurança e No¬vas Tecnologias do Sindipetro-RJ, André Bucaresky, afirma que a simples observação das normas do Conama são insuficientes: “a preocupação com o meio ambiente numa empresa como a Petrobrás, tem que ir além. A empresa tem condição de desenvolver uma política de resíduo zero. É preciso que o lucro dos acionistas não seja obtido com agressões ao meio ambiente”, finaliza Bucaresky.
 
Foto: OdT

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