O Movimento Passe Livre (MPL) se pronunciou nesta quinta-feira 20 favorável à presença de partidos no ato em comemoração a revogação da tarifa de ônibus. Eles também atacaram a "pauta conversadora" que tentam impor aos atos.
O PT chamou sua militância às ruas, para seguir junto com o ato que criticava o aumento das passagens e criticava o prefeito Fernando Haddad (PT). O MPL diz que esta não é uma vitória dos petistas. "O Haddad se recusou a usar o termo 'revogar' nas suas declarações. Está é uma vitória da população, que se conscientizou e foi às ruas. [Mas] o MPL nunca vai impedir ninguém de se manifestar. Somos apartidários, não contra os partidos", disse a militante Mayara Vivian, segundo o portal UOL. "Tem gente que não consegue nem mobilizar dez pessoas e leva uma faixa com dizeres horríveis, como coisas contra a legalização do aborto e outras. O MPL é anticapitalista e contra qualquer forma de opressão. Repudiamos várias das reivindicações feitas nos atos."
O movimento também se comprometeu a prestar auxílio jurídico aos aproximadamente 60 manifestantes detidos. "A questão do encarceramento em massa de pessoas pobres é muito grave. O MPL não é juiz para dizer quem cometeu ou não cometeu um crime, mas somos contra vandalismo seja de manifestantes, seja do Estado", disse Mayara, ainda segundo o portal.
O ato desta quinta está marcado para a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Na quarta-feira 19, o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram a redução de R$ 3,20 para R$ 3 após seis protestos na cidade.