Fotos: 1 As pessoas julgadas às portas do tribunal compostelano / 2 Um dos manifestantes agredidos e detidos pola polícia espanhol na manifestaçom de 2009 / 3 Também as manifestaçons lúdicas de oposiçom à galegofobia fôrom reprimidas polas forças policiais espanholas naquela jornada.
À espera dos recursos anunciados pola defesa, Bernardo M. leva a pena mais forte, que poderia significar a entrada em prisom, por "desordens públicas" -1 ano e 9 meses- e por "atentado" -mais 2 anos e 6 meses. A condena exclui a acusaçom de "danos e lesons" que tentavam atribuir-lhe.
Também Alexandre B e Narciso V. recebem sentenças condenatórias, nesse caso de 1 ano cada um, por "desordens públicas", sendo absolvidos da acusaçom de "atentado à autoridade". Aurelio L., Joám P. e Xiana R. som condenados e condenada a 1 ano e 9 meses "por atentado à autoridade", sendo absolvidas de acusaçons de "desordens públicas".
Finalmente, 4 acusados: Abraam P., Alexandre R., Roberto R., Roberto C. e Antonio F. som absolvidos das diversas acusaçons que enfrentavam.
Se bem as sentenças condenatórias incluem várias multas em dinheiro ou em forma de proibiçom temporária de sufrágio, os 34.000 euros pretendidos pola acusaçom em conceito de "responsabilidade civil" fôrom descartados, além da reduçom dos 45 anos que eram reclamados pola parte acusatória.
Aparelho judicial espanhol quer punir mobilizaçons pola dignidade lingüística e nacional galega
Os factos julgados remontam à jornada de luita que decorreu em Compostela, capital da Galiza, a 8 de fevereiro de 2009, quando organizaçons independentistas, juvenis e culturais saírom à rua para protestar contra a manifestaçom convocada por 'Galicia Bilingüe', Falange, PP, UPyD e outras organizaçons ultras, que exigiam a supressom do galego da vida social, educativa e institucional galega.
Aquela foi umha verdadeira marcha galegófoba em plena pré-campanha eleitoral, com numerosos manifestantes chegados de Espanha, e que contou com o incondicional apoio do Partido Popular na sua particular ofensiva contra um timorato governo bipartido (PSOE-BNG). Os dous partidos governantes na Junta situavam-se na altura à defensiva frente à importante campanha da direita mediática, aliada à direita e à extrema-direita política diante da proximidade eleitoral. De facto, os partidos integrantes do bipartido nom comparecêrom nas ruas de Compostela naquela jornada, chegando alguns dirigentes mesmo a "condenar a violência"... dos manifestantes pró-galego!
Agressons policiais e detençons arbitrárias
A violência policial e dos ultras provocou várias hospitalizaçons naquele dia, assim como detençons e intimaçons de mililtantes de NÓS-UP, Causa Galiza e de diversas entidades juvenis, centros sociais e entidades culturais.
Nalguns casos, as declaraçons iniciais na fase de instruçom descartou o julgamento de diferentes pessoas, algumhas das quais nem estavam em Compostela naquele dia. Umha dúzia chegou ao julgamento final, da qual 6 acabárom por ser hoje condenadas, à espera de recurso. As acusaçons som as típicas em mobilizaçons populares, sustentadas sobretodo em declaraçons e acusaçons policiais que, polo facto de o serem, contam com maior peso que as das pessoas acusadas. Sintomaticamente, nengum ultra nem polícia tivo que responder polas lesons a manifestantes em defesa da língua que acabárom nas urgências naquela mesma jornada. Visto o restultado e a contundência de algumhas condenas, fica patente a existência de dous pesos e duas medidas na justiça espanhola vigorante na Galiza.
Durante o julgamento, além dos próprios coletivos apoiantes da jornada de luita, outros como o BNG, Galiza Nova, a Mesa ou a CIG mostrárom a sua solidariedade com as pessoas julgadas. Por seu turno, os meios corporativos dérom cobertura às teses de 'Galicia Bilingüe' e das restantes forças reacionárias convocantes da marcha galegófoba de 2009.