Respondendo à convocatória feita na semana passada polo coletivo de pessoas processadas, começava às 9h a concentraçom solidária nos compostelanos Julgados de Fontinhas. Porém, a polícia espanhola pretendia impedir que a concentraçom decorresse às portas dos julgados, como estava previsto (e diferentemente do sucedido ontem mesmo perante o julgamento por prevaricaçom de 7 vereadores/as do PP compostelano), e obrigar as pessoas solidárias a se situarem a 100 metros de distáncia da entrada. A atuaçom repressiva do corpo policial espanhol nom se limitou a isto, também realizou múltiplas identificaçons, totalmente arbitrárias, das pessoas assistentes.
Na concentraçom houvo presença de militantes e representantes de diversas organizaçons do campo soberanista e independentista, como Nós-UP, Causa Galiza, CIG, BNG, Briga, Ceivar, de diferentes centros sociais que participárom na jornada de luita do 8F de 2009, além doutros coletivos normalizadores como a Mesa pola Normalizaçom Lingüística. A solidariedade também se está a expressar nestas primeiras horas através das redes sociais, tanto por parte de organizaçons como de múltiplas pessoas a nível individual, tanto de dentro como de fora da Galiza.
Antes de entrarem aos julgados, @s processd@s, que vestiam a mesma camisola reivindicativa com a legenda “Defender a língua nom é delito” e seguravam umha foto do preso independentista Roberto Rodrigues “Teto” (julgado também neste processo), e o conjunto das pessoas solidárias lá concentradas cantárom o Hino Nacional.
Umha vez dentro, constatárom-se novos impedimentos para @s familiares e imprensa entrarem na sala. As declaraçons começárom por volta das 10:45. A defesa solicitou retirada cargos e também o nom julgamento de A.F., quem já foi julgado e absolvido por estes mesmos factos. A primeira jornada do julgamento centra-se no depoimento d@s argüid@s, que enfrentam petiçons de até 46 anos de prisom e 34.000 euros em multas.
Violência policial e dos ultras de GB
As pessoas julgadas negárom ser as mesmas que apareciam nas fotografias apresentadas pola procuradoria. Frente à versom policial, os depoimentos d@s defensores do galego figérom fincapé nas agressons policiais e nas exercidas por parte de alguns dos participantes na marcha espanholista e antigalego convocada por Galicia Bilingüe. A.F. denunciou a agressom recebida por um ultra perante a passividade policial. Cumpre lembrar que a manifestaçom de GB reuniu elementos da extrema-direita espanhola, do Partido Popular a UPyD passando pola puramente fascista Falange, muitos dos quais vinhérom de fora da Galiza para participarem na mesma.
Também relatárom como as pessoas participantes naquela manifestaçom contra os avanços normalizaçom do galego lançavam naquele dia insultos xenófobos como "gallegos, hijos de puta" ou outros que indicavam claramente a ideologia fascista que subjazia na marcha de GB, como o conhecido "tiradlos al mar, como en Chile", animando a polícia de choque espanhola a reprimir e espancar @s militantes.
Irmandade TV, através da rede social Twitter, informa de que a juíza que dirige o processo, María Elena Fernández Currás, é irmá da ex-conselheira das Finanças do primeiro governo de Alberto Núñez Feijó (PP).
Passadas as 12:30, a sessom suspendeu-se. A segunda sessom do julgamento está prevista para esta quinta-feira, 22 de maio, às 9:30h, mas ainda haverá umha terceira na sexta-feira.
Fotos:
1: Parte dos e das acusadas às portas dos julgados hoje em Compostela. @Onosolar
2: Durante o julgamento, no interior da sala. @irmandadetv
3. Solidariedade ativa: Grupo de alunos e alunas do IES Breamo, em Pontedeume. @Carlinhos_mos
Vídeo de Galiza Contrainfo