Júlio fora detido em outubro de 2012 em Trasancos. Na mesma operaçom policial, foi detida Sílvia Casal. A polícia realizara um assalto noturno da morada de ambos. Em aplicaçom da “Lei Antiterrorista” espanhola, Júlio Saiáns foi transladado a Madrid para declarar na Audiência Nacional e posteriormente encarcerado na prisom espanhola de Soto del Real durante 40 dias após os quais saiu em liberdade com supostas acusaçons (depois do pagamento de umha fiança) e umha intensa campanha de difamaçons mediáticas.

Agora, mais de um ano depois, a renúncia da procuradoria à apresentaçom de acusaçons contra Júlio Saiáns evidencia o caráter político da operaçom em que ele e Sílvia Casal foram detidos e a falsidade das acusaçons. Primeiro, a polícia através da imprensa do regime, falava da detençom de dous ativistas da suposta organizaçom “Resistência Galega”, da qual o Júlio seria nem mais nem menos do que o “chefe do aparelho de financiamento”. Posteriormente, só Júlio Saiáns era acusado de “colaboraçom”. Afinal, o Estado espanhol nem sequer apresentará acusaçons contra ele.

Umha autêntica montagem político-policial dentro da campanha de criminalizaçom e repressom contra o independentismo galego que desenvolve o Estado espanhol. Umha campanha em que meios como La Voz de Galicia ou El País colaboram de maneira decidida. Mas nom veremos retificaçons nem petiçons de desculpas por parte destes “profissionais da informaçom”. Muito menos qualquer compensaçom ou atuaçom legal contra os responsáveis pola prisom "gratuita" de Júlio Saiáns, a detençom arbitrária de Sílvia Casal e a campanha mediática de criminalizaçom contra ambas pessoas.

Mais um exemplo, em definitivo, do esperpento antidemocrático da justiça espanhola e de como o regime monárquico espanhol reprime a dissidência política galega, pois o único "delito" conhecido de Júlio e Sílvia e a sua assumida condiçom de independentistas galegos, tal como no seu dia denunciou o movimento popular em solidariedade com a sua causa.