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Galiza - Diário Liberdade - 260813 tribunalNa sessom da tarde do terceiro dia de julgamento contra quatro militantes independentistas galegos, a procuradoria da Audiência Nacional espanhola mantém as suas petiçons iniciais.


Na reta final de um julgamento qualificado de "político" por diferentes setores sociais, mediáticos e do movimento popular galego, o Estado mantém a sua intençom inicial: elevar as penas dos 4 independentistas galegos e estabelecer um precedente que agravará futuras condenas, mediante a afirmaçom da existência de umha organizaçom dita "terrorista", denominada Resistência Galega e cuja existência ninguém na Galiza reconhece, a nom ser o Partido Popular.

O procurador leu há escassos minutos as suas conclusons e mantivo o pedido de prisom para as quatro pessoas julgadas, por "integraçom em bando armado", a somar às penas solicitadas por factos concretos carentes de provas sólidas, mas adornadas com umha panóplia de especulaçons político-policiais em ocasions próximas do ridículo. Assim, entre as "provas" apresentadas referiu a posse de folhetos políticos na casas ou no computador, algo habitual em qualquer militante ou ativista político ou pessoa interessada em temas sociais.

Outra teima da acusaçom tem sido, ao longo dos últimos dias, afirmar a "continuidade" da tal "Resistência Galega" relativamente ao EGPGC, apesar das importantes diferenças explicadas por Carlos Taibo, especialistas em ciências políticas, antes de ser expulso da sala polo juiz.

Ao todo, o procurador mantém a petiçom de 64 anos de prisom para as quatro pessoas julgadas no tribunal especial espanhol, continuador do franquista Tribuntal de Ordem Pública.

A IrmandadeTV estará a emitir ao vivo imagens e áudio do julgamento, diretamente de Madrid e dentro de umha intensa cobertura de todo o relacionado com este processo:

Áudio:

Imagens (sem som):

 

 

 

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Foto do Diário Liberdade - Julgamento contra o independentismo[26/06, 06:00] Julgamento contra o independentismo: Juiz expulsa peritos da defesa e Juárez ataca testemunhas

Com as cartas marcadas, hoje o julgamento ficará -previsivelmente- pendente de deliberaçom. Processo retoma-se às 17.00 h.

O juiz do tribunal de excepçom Audiencia Nacional espanhola, Alfonso Guevara, expulsou ontem os peritos da defesa das quatro pessoas acusadas polo regime espanhol de pertença a organizaçom armada -à qual o Ministério do Interior do país vizinho chama de "Resistência Galega".

Carlos Taibo -conceituado especialista em política e direito internacional e colaborador do Diário Liberdade- e Bernardo Maiz, que realizavam a prova pericial em qualidade de especialistas em direito, fôrom expulsos da sala quando iam apresentar os resultados da sua análise pericial ao relatório da Guarda Civil espanhola. A razom: que Maíz dixo do Procurador -que residiu na Galiza- que "nom conhece a realidade" desse país, e que a sua "é umha realidade que nom tem a ver com nengumha outra".

O prepotente juiz Guevara, quem ao longo dos dous dias de julgamento berrou e desprezou constantemente a todas e todos os participantes no processo, considerou essa avaliaçom de Maíz suficiente para expulsá-lo nom só a ele, mas também o outro especialista da defesa, Carlos Taibo, sem que pudessem apresentar as suas conclusons sobre os relatórios da Guarda Civil, em que o corpo repressivo espanhol -aos que sim se lhes permitiu expor integralmente as suas teses- falou de correlaçom organizativa entre organizaçons armadas desaparecidas há décadas, como o Exército Gerrilheiro do Povo Galego Ceive (EGPGC) e a chamada "Resistência Galega".

Diante da surpreendente reaçom de Guevara, a defesa das quatro pessoas acusadas, as ativistas sociais e independentistas Edudardo Vigo, Roberto Fialhega, Antom Santos e Maria Osorio, pediu a retirada da prova pericial dos relatórios policiais, par assegurar a igualdade de condiçons no julgamento. Porém, o juiz nom considerou a queixa da defesa e suspendeu o julgamento até à tarde de hoje (26/06). Está será previsivelmente a ultima sessom antes da deliberaçom.

Várias dúzias de solidários e solidárias apoiam na sala a

A IrmandadeTV estará a emitir ao vivo imagens e áudio do julgamento, diretamente de Madrid e dentro de umha intensa cobertura de todo o relacionado com este processo:

Imagens (sem áudio):

Samuel Juárez já tem sentença e nom gosta de testemunhos em favor de acusadas

Para Juárez há que "llamar a las cosas por su nombre y a aceptar que lo de Resistencia Galega es terrorismo". Assim de claro é o ultradireitista delegado do governo espanhol na Galiza ao falar sobre umha organizaçom cuja existência ainda nom foi demonstrada nem no julgamento em curso, nem em qualquer outro.

As palavras de Juárez, que pronunciou na tóxica V Televisión , deixam bem às claras qual a estratégia do regime chefiado por Madrid: primeiro, escrever a condena e, depois, criar os pretextos que podam sustentá-la.

E como para Samuel já está todo demonstrado e a sentença parece nom ser necessária, preocupam-lhe "ciertas actitudes del BNG y de AGE, y me gustaría que tuvieran una postura de condena clara contra Resistencia Galega". Isso todo por Xosé Manuel Beiras e Francisco Jorquera testemunharem chamados pola defesa no primeiro dia deste julgamento cujo pano de fundo é a luita espanhola contra o independentismo galego como ideologia.

Sem provas

Até agora, os esforços do regime espanhol para apresentar provas firmes nas que basear a acusaçom de pertença a banda armada dos quatro ativistas tenhem sido inúteis. Outra cousa é o valor que Guevara dê às consideraçons subjetivas da polícia do país vizinho, e que lhe poderám servir como pretexto para impor a condenaçom.

As testemunhas policiais (que no Estado espanhol, contrariamente ao usual noutros países supostamente democráticos, tenhem valor pericial) vírom-se obrigadas a admitir que nom tinham provas, e que a existência da 'Resistência Galega' é apenas umha crença dos agentes (que eles sustentam na "perícia policial").

Entre outras pérolas, o mesmo 'especialista' policial que envolveu Castelao neste julgamento (dado que, segundo ele, a assinatura da "Resistência Galega" é "Denantes mortos que escravos") acusou o independentismo no seu conjunto: "Cualquiera puede pertenecer a Resistencia Galega si busca la independencia de Galicia".

Todo é "Resistência Galega" para a Guarda Civil

Antes de que o juiz do regime Guevara lhe retirasse a palavra, Taibo pudo avaliar alguns dos trechos mais truculentos do relatório da Guarda Civil. Considerou que neles "há um salto perigoso entre o que é intuiçom e suspeitas e o que som certezas", além de demonstrar que as consideráveis distáncias ideológicas entre o EGPGC e os comunicados que a polícia atribui à pretensa organizaçom "Resistência Galega" fazem inverosímil a continuidade entre ambas.

A estratégia do todo é terrorismo implementada polo Estado espanhol teria numha eventual sentença condenatória contra estas quatro pessoas um apoio fundamental, que lhe permitiria assentar na Galiza o estado de excepçom que reinou e reina hoje no País Basco. Essa estratégia já se visibiliza às claras no relatório da Guarda Civil para este julgamento, e por isso Carlos Taibo dixo estar preocupado polas vinculaçons que no texto da polícia se tenta fazer entre organizaçons independentistas legais e atos violentos.

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[25/06, 6:00 h] Julgamento contra o independentismo galego avança sem nengumha prova e com muita ideologia

O aparelho do regime espanhol tentará que pola primeira vez se fale na existência de umha organizaçom armada chamada "Resistência Galega" numha sentença contra ativistas. Testemunha policial diz, no primeiro dia de julgamento, que "Cualquiera puede pertenecer a Resistencia Galega si busca la independencia de Galicia".

Foto do Diário Liberdade - Julgamento contra o independentismo 2Na manhá de ontem (24/06) começou na Audiência Nacional espanhola (um tribunal de exceçom destinado a casos em que o Estado espanhol tem interesses políticos) o julgamento contra quatro militantes independentistas, acusados e acusada de terem umha relaçom direta com as diferentes sabotagens que desde há mais de umha década levam acontecendo na Galiza, no contexto do conflito de classes e nacional em vigor nesse país. Hoje (25/06) decorre a segunda das jornadas programadas neste processo.

Após serem inquiridos polo Ministerio Fiscal e os advogados da defesa as quatro pessoas acusadas, Edudardo Vigo, Roberto Fialhega, Antom Santos e Maria Osorio negarom a existência da organizaçom que o Ministério do Interior espanhol chama "Resistência Galega". Ainda, negárom fazer parte de "organizaçons ou estruturas" que empregam a violência com fins políticos.

O julgamento converteu-se num autêntico circo com a intervençom de agentes da polícia espanhola. A um deles faltou-lhe pouco para acusar o próprio A.D.R.Castelao de pertença à 'Resistência Galega', apesar de levar mais de 60 anos morto, após atribuir a sua histórica frase (Denantes mortos que escravos) à suposta banda armada, que assinaria com ela. O mesmo 'especialista' acusou o independentismo no seu conjunto: "Cualquiera puede pertenecer a Resistencia Galega si busca la independencia de Galicia".

A situaçom é tam delirante que nem o vozeiro do ultradireitista PP, campeom da criminalizaçom do independentismo, se atreveu a falar às claras de que a autoria dos ataques a sedes desses partido tenha a ver com qualquer organizaçom definida. A ausência de provas inculpatórias está a converter o julgamento num processo puramente ideológico e político.

Independentistas negam acusaçons do regime espanhol e polícia admite nom ter provas

Após serem inquiridos polo Ministerio Fiscal e os advogados da defesa as quatro pessoas acusadas, Edudardo Vigo, Roberto Fialhega, Antom Santos e Maria Osorio negaron a existência da organizaçom que o Ministério do Interior espanhol chama "Resistência Galega". Ainda, negárom fazer parte de "organizaçons ou estruturas" que empregam a violência com fins políticos.

A inconsistência das acusaçons é tal que as testemunhas policiais (que no Estado espanhol, contrariamente ao usual noutros países supostamente democráticos, tenhem valor pericial) vírom-se obrigadas a admitir que nom tinham provas, e que a existência da 'Resistência Galega' é apenas umha crença dos agentes espanhóis (que eles sustentam na "perícia policial").

Mesmo o vozeiro da sucursal galega do PSOE, Abel Losada, dijo que nom pode atribuir a "nengumha pessoa ou coletivo concreto" os ataques a sedes do seu partido, que a polícia e o governo espanhol sim atribuiu em múltiplas ocasions a supostas bandas armadas relacionadas com o independentismo galego. Xosé Manuel Beiras e Francisco Jorquera, citados como testemunhas, negárom a existência de qualquer grupo terrorista na Galiza.

Num julgamento de marcado corte político, diferentes testemunhas vinculadas ao Estado espanhol estám a apelar às suas crenças e suposiçons ideológicas -sem citar provas ou fatos que apoiem as suas teses-, tal e como se pudo comprobar na emissom ao vivo veiculada pola IrmandadeTV, e que ontem na última hora da tarde caiu por problemas sem esclarecer com o servidor.

Um julgamento estratégico para o projeto capitalista e imperialista espanhol

O processo que hoje começou é estratégico para o Estado espanhol. Através dele tenciona justificar a aplicaçom do chamado 'Direito Penal do Inimigo', baseando-se na suposta existência de umha organizaçom "terrorista" que, segundo o Ministério do Interior espanhol, se chamaria "Resistência Galega". O dito ministério é o único organismo do mundo que assume por enquanto a existência da dita organizaçom armada. Nem a polícia espanhola nem muito menos qualquer dos tribunais espanhóis (nem sequer a Audiência Nacional) conseguiu até agora justificar falar em organizaçom. Segundo as teses do Direito Penal do Inimigo, durante anos usado no País Basco, as penas pola comissom de determinados atos variam de acordo a se condizem os interesses do sistema de poder ou som politicamente contrários a estes.

Fotos do Diário Liberdade - Diferentes imagens do processo contra o independentismo galego.

Foto do Diário Liberdade - Solidariedade 24J e 25j

 

 


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