Na sessão foi apresentado o Relatório de Cuba sobre a resolução 68/8 da Assembleia Geral das Nações Unidas, "Necessidade de por um fim ao bloqueio econômico, comercial e fianceiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba".
Tal como no ano passado, apenas EUA e seu comparsa, o governo sionista de Israel, votaram pela continuação do bloqueio contra a ilha cubana. Micronésia, Palau e Ilhas Marshall, submissos aos interesses imperialistas, se abstiveram. Os outros 188 países declararam seu apoio à autodeterminação do povo de Cuba e ao fim do embargo.
Desde 1992 a esmagadora maioria dos países da Assembleia Geral da ONU votam pelo fim da perseguição imperialista contra o povo cubano. (Veja tabela)
Até mesmo a imprensa dos Estados Unidos, como o jornal The New York Times, tem pedido o fim do bloqueio imperialista contra Cuba, mas com esse voto os EUA mantém a postura terrorista de sempre.
Cuba apresenta reconciliação igualitária; EUA repete a mesma coisa dos anos anteriores
O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, lembrou que o crime econômico dos EUA contra Cuba produziu danos de mais de US$ 1 trilhão e declarou a necessidade de dar um fim ao embargo estadunidense contra o povo cubano e de estreitar as relações entre os dois países.
"Convidamos o Governo dos Estados Unidos a manter uma relação amistosa, com bases recíprocas, igualdade soberana, o respeito à Carta das Nações Unidas e especialmente um diálogo respeitoso. Viver de forma civilizada dentro de nossas diferenças", disse o chanceler.
"Cuba nunca renunciará à sua soberania nem ao caminho livremente escolhido por seu povo (...) tampouco desistirá da busca de uma nova ordem internacional", destacou também o representante cubano, citado pela Telesur.
Cinicamente, o embaixador dos Estados Unidos na ONU, Ronald Godard, disse que o bloqueio dos EUA busca ajudar o povo cubano para poder exercer seus direitos humanos e liberdades fundamentais. Afirmou também que seu governo dá grande prioridade às conexões entre os dois países, o que o portal Cubadebate ironizou: "não diz que é com financiamento governamental para 'a mudança de regime'", lembrando das inúmeras tentativas de Washington de derrubar o Governo cubano, como o recente Zunzuneo, entre muitos outros.
Representantes dos outros países "isolam" EUA
Antes disso, já haviam expressado suas opiniões a maioria dos representantes dos outros países na sessão. Mohamed Javad Sharif, representante do Irã na ONU, em nome dos países Não-Alinhados, declarou seu apoio ao fim do embargo estadunidense, "que nega o direito internacional, a Carta da ONU e as normas de convivência".
Acompanhando o representante iraniano, o Mercosul denunciou também que o bloqueio estadunidense viola "os princípios da justiça e os direitos humanos", enquanto o embaixador equatoriano Xavier Lasso foi ainda mais contundente: "nós seguiremos condenando as sanções contra Cuba, não importa que não estejam vinculadas às iniciativas adotadas pela Assembleia, que ficam na consciência de todo o planeta".
Sacha Llorenti, embaixador da Bolívia na ONU e representante do G77+China, rechaçou firmemente a inclusão de Cuba na lista dos EUA de países patrocinadores do terrorismo e lembrou da ajuda humanitária prestada pela ilha caribenha aos povos do mundo todo, como os mais de 50 mil trabalhadores da saúde em 66 países, destaca Cubadebate.
Já o representante do México, lembrou que "apesar das circunstâncias adversas enfrentadas por mais de 50 anos, Cuba elevou seus índices de desenvolvimento humano". "Ressaltamos que historicamente converteu a solidariedade como eixo de sua política exterior", acrescentou. Enquanto que o representante de Gâmbia felicitou o governo cubano "por sua resistência diante do bloqueio" e que "os cubanos se mantiveram firmes apesar dessa terrível política".
Por último, a embaixadora da Nicarágua declarou: "As expressões de apoio a Cuba que escutamos são a prova mais confiável de que quase todo o mundo repudia este criminoso bloqueio" e expressou seu reconhecimento aos feitos cubanos: "Cuba sempre está na vanguarda da humanidade".