Com as vidas de 147 palestinas e palestinos sobre a mesa, o chanceler sionista acedeu a declarar um cessar-fogo poucas horas depois de que um ônibus rebentasse no centro da capital israelita, Tel Aviv, no que poderia ser um ataque da resistência palestina e que fez 21 feridos e feridas civis. As últimas informações indicam que o ataque foi reivindicado pela milícia laica palestina 'Mártires de Al Aqsa', ligada a Fatah, que realizou o ataque sem recorrer a militantes suicidas.
Pouco depois de uma reunião de Hillary Clinton, secretária de estado ianque, com o chanceler egípcio, Mohamed Kamel Amr, este último confirmou a disposição do regime sionista a deter a ofensiva militar contra o povo de Gaza, mas impondo a continuidade do bloqueio existente antes do início da ofensiva.
Posteriormente, o próprio executivo israelense confirmou os termos da decisão tomada de acordo com os seus amigos norte-americanos, restando agora que se conheça a posição de Hamas, organização da resistência palestina maioritária na Faixa de Gaza e principal interlocutora do executivo sionista no atual conflito.
A "despedida" da operação terrorista israelense produziu-se em uma jornada em que se contabilizaram mais de 100 ataques e morreram mais 21 palestinas e palestinos sob o fogo sionista. Ao todo, as precárias respostas armadas das milícias palestinas terão feito 5 vítimas mortais israelenses na última semana, segundo fontes da mídia ocidental.
Estaria agora na hora de que o fascista regime israelense rendesse contas pelos crimes cometidos, mas a sua impunidade tem sido até hoje total no seio da chamada "comunidade internacional", existindo sérias dúvidas de que isso possa vir a mudar de maneira iminente, vista a atitude abertamente cúmplice dos imperialismos ianque e europeu.
Número de vítimas civis não deixa de aumentar em Gaza, Israel mantém ofensiva militar
[Atualizado às 21:45 de 20.11.12] Os números publicados ficam desatualizados continuamente, diante da sucessão de mortes devidas às bombas lançadas pela aviação israelita sobre a Faixa de Gaza.
Junto às bombas, folhas volantes pedindo à população palestina que fique agrupada no centro da capital de Gaza, em um exercício hipócrita de suposto "cuidado" de não atingir alvos civis. A realidade é que são já 127 pessoas mortas sob o fogo sionista, e mais de um milhar de palestinos e palestinas feridas durante os sete dias de ataques constantes do exército do Estado de Israel contra o povo da Palestina que ainda vive na Faixa de Gaza.
As especulações midiáticas sobre uma eventual trégua ficam por enquanto em palavras e o próprio Netanyahu negou que vá deter a ofensiva de maneira imediata. Não parece ser suficiente com os mais de 1.300 ataque já dirigidos pela aviação e marinha de guerra sionistas contra todo um povo indefeso.
Várias famílias perderam a totalidade de membros nos bombardeios contra prédios de habitação, sendo incontável o número de crimes de guerra verificados em menos de uma semana de brutal agressão, segundo confirmou inclusive o Alto Comissionado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. O seu porta-voz, Rupert Colville, admitiu que 31 residências de habitação e dois edifícios de imprensa foram diretamente atacados e atingidos, sendo também danificadas mais de 30 escolas e 10 locais de culto religioso.
O mesmo organismo dependente da ONU declarou que zonas densamente povoadas estão a ser alvo do fogo israelita, no que constitui violação das leis internacionais relativas a confrontos bélicos inclusive entre exércitos. Neste caso, as violações são mais graves ao se cometerem contra um povo sem exército nem possibilidade de responder proporcionalmente aos ataques sofridos.
Entretanto, as potências ocidentais, com os EUA à cabeça, mantêm o incondicional apoio à ofensiva da extrema-direita sionista.
28 crianças entre as mais de 110 vítimas mortais palestinas: massacre sionista continua em Gaza
[Atualizado às 12:30 de 20.11.12] Já som mais de 110 palestinos e palestinas mortas na bárbara ofensiva militar do exército de Israel contra a população e as infraestruras de Gaza.
Mais de 1.000 pessoas colapsam os hospitais de Gaza e fontes médicas confirmam que uma quarta parte das mortes correspondem a meninos e meninas palestinas, habitantes de Gaza, alvos inocentes dos aviões e barcos de guerra sionistas. O armamento fornecido pelos principais estados capitalistas ocidentais, com destaque para os Estados Unidos, possibilitam esta nova mostra de brutalidade do regime sionista contra o povo palestino, que resisite heroicamente faz décadas o violento racismo do impune Estado israelita.
São já seis dias de intensos bombardeios sobre o território de Gaza, respondidos precariamente por foguetes das milícias populares palestinas, únicas valedoras de um povo abandonado pela chamada "comunidade internacional", incluídos os governos dos países árabes supostamente transformados pelas recentes "revoluções democráticas".
A ofensiva hipocritamente chamada "Pilar Defensivo", empapada da ideologia teocrática israelita, continua massacrando inocentes sem que as vias diplomáticas abertas tenham servido para deter o criminoso Netanyahu na sua cruel pré-campanha eleitoral sangrenta.
No cúmulo da crueldade, Israel marcou como objetivos áreas em que se localizam clínicas da OMS, o que fez com que 11 das 21 abertas em Gaza tivessem que fechar as suas portas, tornando ainda mais aguda a crise humanitária. Poucos duvidam na hora de definir o que sucede nestes dias na Palestina como crimes de guerra acontecendo com total impunidade e mesmo com o apoio declarado do governo de Barak Obama e a cumplicidade da União Europeia.
As manifestações sucedem-se em Gaza e Cisjordânia, assim como em numerosos países do mundo, com os setores mais sensibilizados da população denunciando o imperialismo como causante do desastre que, no momento de atualizarmos esta crônica, continua em Gaza.
Israel continua a destruição de Gaza e o assassinato da população civil
[Atualizado às 10:15 de 19.11.12] Mais de 80 pessoas, muitas delas crianças, já morreram desde quarta-feira nos ataques indiscriminados do exército sionista.
Difícil descrever com palavras o significado da criminal ofensiva sionista, hipocritamente apoiada polos EUA e a UE, que estão semeando Gaza de morte e destruição como parte da pré-campanha eleitoral do líder ultradireitista Benhamin Netanyahu.
Famílias inteiras assassinadas, prédios destruídos e pânico entre a população indefesa de um território sucessivamente martirizado nos últimos anos pela repressão sionista. Além das mais de 80 vítimas mortais, o número de pessoas feridas ultrapassa já as 700 no momento de atualizarmos esta crônica.
Se os dados de alguns inquéritos difundidos polos grandes media forem certos, mais de 80% da população israelense apoiarão a atual ofensiva do seu governo, ficando só 12% em posições contrárias à barbárie militar imposta ao povo palestino. Além disso, 30% seria favorável a avançar sobre Gaza com uma invasão militar terrestre, que complementasse a atual ofensiva aérea e marítima.
Conversas no Egito entre representantes árabes e do governo israelense discutem se deter temporariamente a agressão, enquanto Netanyahu anunciou estar pronto para a "seguinte fase", em alusão à invasão por terra.
Quase 70 vítimas mortais palestinas na brutal ofensiva militar do sionismo
[Atualizado às 20:45 de 18.11.12] A ofensiva aérea e marítima do exército sionista às ordens do governo da extrema-direita continua provocando mortes de civis de maneira indiscriminada.
A população civil de Gaza continua a ser a principal vítima do ataque de grandes dimensões lançado pelo governo israelense, com o apoio político explícito do governo imperialista norte-americano presidido por Barak Obama. São já ao menos 67 vítimas mortais palestinas sob fogo israelense e meio milhar de feridas e feridos.
No momento de redigirmos esta informação, chegam notícias de uma família inteira assassinada pelo fogo aéreo sionista. Dez civis palestinos que se encontravam no interior de uma casa bombardeada em Gaza e que, segundo médicos palestinos, constitui o número mais alto de morte de civis em um único ataque em cinco dias de ataques contra a Palestina.
Médicos palestinos confirmaram que três mulheres, seis crianças e um homem foram mortos no ataque ao prédio de três andares. Equipes de resgate ainda estavam no local à procura de pessoas que possam estar sob os escombros.
Só no dia de hoje, são já 22 vítimas mortais do ataque militar do Estado de Israel, que agride livremente, sem qualquer censura da chamada "comunidade internacional", um povo sem força armada comparável à do agressor, limitada a milícias populares precariamente armadas com armamento ligeiro.
Meia centena de vítimas mortais palestinas na ofensiva por terra e mar do sionismo
[Publicado às 10.00 de 18.11.12] Aviões israelenses intensificaram bombardeios a longo da jornada e atacaram ao menos 300 objetivos. A população civil é um alvo de guerra. Há 49 palestinas e palestinos asesinados e quase 500 pessoas feridas.
A suposta caça ao "terrorista" está a fazer grande número de vítimas civis, incluídas crianças mutiladas e calcinadas pelo fogo aéreo israelense. Também a força militar marítima israelense bombardeou de maneira intensiva diversas posições na costa de Gaza esta madrugada, provocando a morte de ao menos cinco pessoas e ferimentos moderados a três jornalistas em um edifício sede de vários meios de informação.
Pelas duas da manhã, hora local, escutaram-se na capital de Gaza dezenas de bombardeios procedentes do mar, com múltiplas explosões seguidas segundos depois do som proveniente do impacto em terra. Em áreas de habitação próximas da praia viam-se colunas de fumaça saindo de entre os prédios.
"A Marinha atacou objetivos do Hamás no centro e norte de Gaza", confirmou um porta-voz militar israelense, que disse "ter atingido alvos" e acrescentou que os ataques na zona são contínuos.
Segundo a agência de notícias Maan, seis palestinos morreram em Gaza por ataques israelenses na parte da noite, o que eleva a 49 o número de falecidos na faixa desde que Israel iniciou a operação "Pilar Defensivo" na passada quarta-feira.
Entre as vítimas mortais de hoje estão Tamer Ao Hamri, dirigente da Yihad Islâmica, Samahar Qidih, residente de Jan Yunis de 30 anos e Ali Bin Saed, de 25, e Muhammad Aydat, mortos em Juhor a o-Dik, no centro da faixa. Além disso, bombardeios israelenses impactaram o complexo Al Shawa, que acolhe escritórios de vários meios de informação palestinos. Também se confirma a morte de duas crianças.
O ataque danificou o andar décimo primeiro do edifício e provocou ferimentos de diversa consideração a vários jornalistas da cadeia de televisão Al Quds (Jerusalém), incluída a amputação de uma perna a um fotógrafo.