Minutos depois do meio-dia, a manifestaçom unitária partiu da Alameda compostelana, encabeçada por umha faixa com a legenda "Paremos as políticas de extermínio da nossa língua". Durante o percurso polo centro da cidade, coreárom-se palavras de ordem em defesa da língua e pola independência do nosso país, sempre sob umha forte vigiláncia policial.
A mobilizaçom concluiu na praça do Toural, com a intervençom de Xiana Rodrigues e Óscar Gómez, do organismo popular antirrepressivo Ceivar, quem denunciou a situaçom de retrocesso em que se encontra a nossa língua, que pola primeira vez na história é falada como primeira língua por menos de 50% da populaçom galega, após anos de perda paulatina de falantes. Aliás, pediu a absolviçom das 6 pessoas condenadas por "causar distúrbios" contra a manifestaçom espanholista convocada por 'Galicia Bilingüe' em 2009, para as quais se pede um total de 11 anos de prisom e importantes sançons económicas. Após as intervençons, como fecho, foi entoado o Hino Nacional.
Manifesto
Reproduzimos a seguir o manifesto desta convocatória, assinado por diversas entidades, no qual se explica que aconteceu naquele fevereiro de 2009 e no posterior julgamento às ativistas que sairom à rua defender a nossa língua.
"Em 2009, quando regia a administraçom autonómica o bipartido PSOE-BNG e se iniciavam certas medidas institucionais de apoio ao Galego, a organizaçom extremista Galicia Bilingüe convocou umha mobilizaçom apoiada por toda a extrema direita política e mediática para paralisar qualquer política ativa de normalizaçom e favorecer o retorno do PP à Junta da Galiza.
A mobilizaçom espanholista foi contestada por dezenas de pessoas que se concentrárom frente à Alameda de Compostela, sendo identificadas e agredidas pola Polícia espanhola, que era alentada por seguidores de Galicia Bilingüe. Produzírom-se detençons, cargas, ingressos hospitalares e a impossibilidade de os setores sociais favoráveis à língua deste país exercerem o seu direito de manifestaçom. Mais umha vez, os antidisturbios encargárom-se de impedi-lo a porraços e pelotadas.
Aquel conflito rematou nos julgados, processando-se 10 pessoas para as que se solicitárom 45 anos de prisom e importantes sançons económicas. Finalmente, seis fôrom condenadas a onze anos de cárcere num juízo que suscitou a solidariedade de todos os agentes sociais, sindicais e políticos do país e as petiçons mediáticas de fortes condenas polo Delegado del Gobierno de España Samuel Juárez.
A sentença do juízo que nas redes sociais se chamou #8f45anos é paradoxal: quando o IGE anuncia que, por primeira vez na história da Galiza, os galegos e galegas que temos a língua do país como primeira somos já menos de 50% da populaçom e a transmissom intergeracional normalizada é incerta, quando se incumprem as raquíticas iniciativas legais favoráveis ao Galego e se legisla ativamente contra a nossa língua, quem remata no banco dos acusados, e condenadas, som independentistas que denunciam este extermínio planificado.
As associaçons, entidades e organizaçons abaixo assinadas, chamamos a sociedade galega a se mobilizar no próximo domingo 16 pola absoluçom das seis pessoas condenadas a prisom e para exigir umha viragem radical nas políticas lingüísticas planificadas e executadas pola administraçom galega e espanhola para conquistar o seu histórico objetivo de substituir definitivamente o Galego polo espanhol e a nossa extinçom como Povo.
Defender o nosso idioma é também defender as pessoas perseguidas e sancionadas por reivindicá-lo. Nunca renunciaremos à nossa língua."
Foto de GalizaContrainfo.