A prova gráfica foi remetida ao Diário Liberdade por um leitor que etiqueta como "impressionante" este facto, sem dúvida revelador do grau de implantaçom e acomodaçom à realidade da Galiza das grandes firmas espanholas.
Este facto, em lugar de constituir qualquer estravagáncia, corresponde com o peso real que o idioma da Galiza tem na livraria e em todo o centro comercial de 'El Corte Inglés' nas diferentes cidades galegas. O espanhol é mais do que hegemónico, quase único, frente a alguns traços pitorescos da que ainda é língua maioritária para o conjunto da populaçom galega, mas que começa a ficar como minoritária entre as galegas e galegos de menor idade graças, entre outras cousas, à política abertamente espanholizadora de 'El Corte Inglés'.
De facto, a livraria do 'El Corte Inglés' fai do espanhol a língua de 99% das obras postas à venda, com a única exceçom de umha pequena estante de livros em galegos, comparável em peso ao que tem qualquer outra língua estrangeira. O gesto de, diretamente, colocar os dicionários de Galego na seçom de "Línguas Estrangeiras" confirma o aberto desprezo dos donos dessa firma pola identidade do país onde mantenhem abertos os seus negócios.
Mais indignante nos parece que as proprias instituiçons públicas da Galiza (Cámara Municipal da Corunha e Junta da Galiza, neste caso), mantenham relaçons preferenciais com essa empresa, sem lhe exigir o mais mínimo compromisso com o idioma ainda hoje maioritário da populaçom galega.