Na cidade da Corunha 95% do povo nom gosta das touradas. Isto é fácil de comprovar, chega com dar umha volta polos bares e cafetarias quando houver corridas e comprovar quantos estám a acompanhar na televisom este evento.
Na verdade, Corunha nom é umha excepçom. Na Galiza as feiras taurinas nunca tivérom sucesso. A maioria social é contrária a este bárbaro espetáculo alheio à cultura galega. Ou dito doutro jeito, o povo galego sabe mais do povo Maori, que fica nas antípodas do nosso país, do que de tauromaquia. As touradas nunca interessárom ao nosso povo, nem aos letrados nem aos analfabetos, a ninguém.
Porém, a teima espanhola por nos impor esta absurda e cruel "arte" vem de velho. As intençons som evidentes, tentar que um dos que foi eleito polo espanholismo símbolo castiço de Espanha identifique o conjunto dos habitantes do Estado.
Na Corunha, desde a chegada do PSOE ao poder em 1991, as touradas recebêrom, primeiro, milhons de pesetas, e depois, milhares de euros, do orçamento público. Os ingressos eram dados de graça a centos de pessoas vinculadas à Cámara municipal, a postos de poder nas diferentes administraçons ou simplesmente a vizinhos e vizinhas do concelho para tentar "educá-los" no gosto à tortura animal típica espanhola. Apesar dos esforços, o Coliseum ficava meio esvaziado e dava anos após ano quantiosas perdas pagas com o dinheiro de todos os corunhesese corunhesas.
Em 2009, a empresa espanhola que organiza a feira taurina da Corunha recebeu 128.000 euros de subsídio público por parte do governo de Losada -do qual fazia parte, para vergonha do movimento nacional galego, o BNG-.
Com a chegada ao poder do Partido Popular, já em plena crise, o atual regedor, Carlos Negreira, conhecedor do descontentamento social, alardeou de cumprir umha das demandas históricas da vizinhança, eliminar o dinheiro público para esse evento. Resultava difícil de crer que fosse o PP, organizaçom espanholista e direitista, a que fosse empecer este macabro espetáculo casposo representante na Galiza da Espanha filo-franquista à que representava o Partido Popular.
Hoje saimos de dúvidas e comprovamos mais um caso da falsa austeridade dos de Feijoo. Numha cidade em que o desemprego juvenil é alarmante, onde os pequenos comércios fechárom em massa, a cultura e o idioma galegos som marginados e a educaçom e a saúde precarizada, há dinheiro público para umha empresa "amiga", sem nengum vínculo com a Galiza que organiza um evento ruinoso do ponto de vista económico e que fomenta a violência contra os animais.
A chave temos de procurá-la nas bases do concurso que este ano estabeleciam desde o princípio umha série de gastos que seriam pagos com dinheiro público, com o intuito de "animar" as empresas taurinas. Ainda assim, apenas a firma Eventauro se aprestou para organizar a corrida. A despesa mais fácil de quantificar, que fijo pública o Coliseum, som os 35.000 euros que custou transformar o Coliseum em praça de touros.
No entanto, o maior esbanjamento das arcas públicas som os mais de 50.000 euros de taxas que o PP vai perdoar à empresa taurina por usar o Coliseum durante duas semanas. A decisom parte do conselho reitor do Instituto Municipal Corunha Espetáculos (IMCE). Este conselho reitor —presidido polo próprio Negreira— pode eximir do pagamento de taxas às empresas que considere, atendendo “ao carácter artístico, social, cultural, benéfico ou formativo dos atos”.
Para além destes 85.000 euros, a plataforma Galiza, Melhor sem Touradas (GMST) também denuncia o gasto que supom a cessom gratuita da Banda Municipal de Música ou da mobília urbana.
O Partido Popular presume de austeridade e boa gestom, de ser contrária ao subsídio da cultura e das leis do livre mercado, mas a realidade é que só tem austeridade para os de abaixo e para a cultura galega e carto público para banqueiros, empresários amigos, seleçons espanholas e touradas.