O processo suporá a colocaçom dos recursos financeiros e do aforro galego sob os interesses estratégicos de um banco privado estrangeiro e nom dos interesses da Galiza e do seu povo trabalhador, embora desde o governo autonómico do Partido Popular e desde NGB defendam que esta operaçom permitiria a permanência na Galiza dos centros de decisom do banco.
Da CIG nom compartilham a visom otimista e propagandistica do governo de Feijó. No comunicado emitido polo sindicato após conhecer-se a decisom do FROB, defende que "com a sua atitude, a Junta aceita que um património de todos os galegos e galegas termine em maos de umha entidade financeira privada, e que se acabe especulando com umha entidade sistémica para o noso país – polo volume de poupança e negócio bancário que controla na Galiza-".
Resgatado por 9 mil milhons de euros públicos, vendido por mil milhons
Da central sindical também criticam outro aspecto da operaçom, o facto de o FROB (Fundo de Reestruturaçom e Ordenaçom Bancária), o Estado espanhol em definitivo, decidir vender NGB por só 1.003 milhons de euros, quando anteriormente destinara 9.000 milhons de euros ao seu saneamento e estatalizaçom. Da CIG lembram que os 8.000 milhons aos que o Estado espanhol renuncia passarám a acumular-se à dívida pública.
Mais umha vez, pode-se comprovar como os recursos públicos som postos ao serviço dos interesses do capital financeiro, ou como as perdas som socializadas primeiro para a continuaçom malvender umha entidade financeira aos interesses privados.
Resta por comprovar, também, se a compra de NGB por Banesco vai ter reprecussom no emprego e no serviço oferecido às e aos clientes (especielmente na Galiza rural). Cumpre lembrarmos que o processo de fusom das caixas e de criaçom de NGB supujo umha grande perda de postos de trabalho e o fecho de multidom de sucursais da entidade.
Banesco e Juan Carlos Escotet
O grupo Banesco é a principal entidade financeira da Venezuela e tem também atividade nos Estados Unidos, Porto Rico, República Dominicana e Panamá. Foi fundado em 1977 e é presidido por Juan Carlos Escotet, a quem a revista Forbes atribui umha fortuna de 1.400 milhons de dólares (é a terceira pessoa mais rica da Venezuela) e que na imprensa sistémica burguesa já é apresentado como um exitoso empresário "feito a si mesmo".
Escotet foi presidente da Asociación Bancaria de Venezuela entre 2010 e 2011 e, segundo informaçons recolhidas no portal venezuelano de esquerda Aporrea, é "o pilar económico da candidatura de Henrique Capriles", líder da oposiçom contrarrevolucionária e pró-imperialista daquele país.