Pessoal de Tecnymo e de Navantia saírom mais umha vez às ruas de Ferrol para protestar pola situaçom da comarca e, em concreto, polo grave risco de desapariçom da firma auxiliar do naval Tecnimo e da própria Navantia, depois do bloqueio do pleno por parte de diferentes setores sociais mobilizados na cidade. Em Compostela foi ocupada a sede da principal entidade patronal e em Vigo o protesto chegou ao pleno municipal.
Escracho e (re)tomada do pleno municipal
Trabalhadoras e trabalhadores de Tecnymo dirigírom-se, passado meio-dia desta segunda, à morada do principal acionista da empresa, na rua Dolores, para reclamarem, por meio de um escracho, o pagamento dos salários em atraso aos 36 operários despedidos sem qualquer compensaçom por essa firma.
Além disso, representantes do pessoal da empresa denunciárom que os diretivos preparam um ERE que mandará grande número de trabalhadores e trabalhadoras para a rua.
Antes, já a partir das 8h30, delegadas e delegados de Navantia, junto a representantes doutros movimentos sociais, ocupárom o pleno municipal, provocando o atraso no início do mesmo, para denunciar a passividade do governo do PP em relaçom à total carência de carga de trabalho no setor naval de Trasancos.
Depois de que na passada quinta-feira nom pudesse realizar-se o pleno pola presença de trabalhadores e trabalhadoras de diferentes setores e outros vizinhos e vizinhas em luita, hoje o governo municipal situou polícias no acesso ao prédio e à sala de plenos, realizando identificaçons massivas para intimidar as pessoas perante a previsível continuidade da dinámica mobilizadora.
O PP justificou com a suposta defesa da "convivência democrática" o policiamento da sede municipal.
Ocupaçom da sede patronal em Compostela
Também em Compostela se viveu umha jornada de conflito, com a ocupaçom da sede da Confederaçom de Empresários da Galiza na cidade, por parte de integrantes dos sindicatos CUT e CNT, com o apoio de um grupo de estudantes.
A ocupaçom prolongou-se durante duas horas e nela denunciou-se o crescimento do desemprego e da precariedade na Galiza, despregando umha faixa com a legenda da campanha conjunta que ambos os sindicatos desenvolvem na capital galega: "Na defesa das nossas vidas, seguimos na luita", e que vai culminar com a manifestaçom do 1º de Maio, que partirá da praça 8 de março às 12h30.
Protesto no pleno municipal de Vigo
Na principal cidade operária galega, os três sindicatos maioritários (UGT, CCOO e CIG) protagonizárom um protesto no pleno municipal, tomando a palavra um representante sindical para criticar a “campanha de propaganda” do PP na Junta.
Na intervençom, criticou as “inúteis” viagens periódicas de Núñez Feijó ao México, enquanto só em Vigo se destruírom 10 mil postos de trabalho nos últimos três anos, com 200 empresas auxiliares do setor naval em falência no mesmo período. A emigraçom foi apontada como conseqüência imediata e crescente das nocivas políticas desenvolvidas polos governos reacionários do PP em Madrid e Compostela.
Fotos: 1 Escracho em Ferrol (P. Ermida) / 2 Ocupaçom da CEG em Compostela (CUT) / 3 Protesto no Pleno Municipal de Vigo (CIG)