Essa suspensão das vagas faz com que muitas mães trabalhadoras e estudantes da universidade não tenham onde deixar os filhos e as filhas para poderem trabalhar e estudar. Por isso elas estão organizando protestos dentro da USP nesta terça e quarta-feira, para exigir que haja contratação de funcionários para as creches proporcionando novamente as vagas para as crianças.
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"A creche faz muita falta para a mulher trabalhadora e estudante. Sem creche, as trabalhadoras não conseguem trabalhar, sem creche, as estudantes não conseguem dar continuidade aos seus estudos", denuncia Letícia Pinho, estudante da USP e militante do MML (Movimento Mulheres em Luta). "As creches da USP são fruto de uma grande vitória nossa e muita mobilização, com muita luta, décadas atrás, e agora esse direito está ameaçado", argumenta Letícia.
Coletivos de mulheres e estudantes também denunciam que negar a entrada de novas crianças este ano na creche da universidade é uma forma de, aos poucos, acabar com as creches.
A justificativa apresentada pela reitoria para a suspensão das vagas é a de que, devido às adesões ao plano de demissão voluntária promovido pelo reitor Marco Antônio Zago, o quadro de funcionários não daria conta de receber as crianças.