A assinatura deste novo memorando tem como consequência a imposição de novos recortes sociais, feito com que entra em contradição direta com as promessas de campanha realizadas pelo partido de Governo, Syriza, que assegurou que terminaria com as medidas neoliberales que açoitam à classe trabalhadora.
Este pacote neoliberal supõe cortes às pensões, privatizações em massa e aumento do IVA. "A Grécia entrega toda a sua soberania, supõe a colonização da Grécia", denúncia Petras durante a sua intervenção radial.
"Dissemos muitas vezes que não se pode funcionar nas organizações controladas pelos poderes imperialistas", disse o sociólogo em referência à União Europeia (UE).
Com respeito à decisão de Alexis Tsipras de aceitar as condições da Troika, o professor disse: "tenho quase 58 anos de militância e nunca vi uma traição tão profunda a um povo inteiro".
Petras assegurou que sim há alternativas e advogou por abandonar a UE, não pagar a dívida e desenvolver uma política independente, bem como nacionalizar a banca e socializar a economia.
"O Partido Comunista da Grécia, desde o começo dizia que Syriza era um traidor, um partido disposto a colaborar com a UE, a OTAN, etc, e tinham razão", sentenciou Petras.