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100313 homenagemVenezuela - Opera Mundi - No Bronx, um dos bairros mais pobres de Nova York, milhares de hispânicos e norte-americanos realizaram homenagens e manifestações de afeto ao líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, a quem agradecem pelo programa de ajuda social que empreendeu a favor dos mais necessitados desta comunidade.


Por iniciativa de Chávez, entre 2007 e 2010, o Estado venezuelano destinou 1 milhão de dólares anuais, por meio da empresa Citgo, filial da PDVSA (Petróleos de Venezuela), para apoiar o desenvolvimento de projetos sociais no bairro.

A organização PetroBronx foi a encarregada de executar 30 planos que beneficiaram escolas, cooperativas de alimentos e de limpeza do rio Bronx.

"O dinheiro fornecido por Chávez teve um impacto enorme", expressou à agência de notícias AFP o porto-riquenho Félix Leo Campos, que formou parte do comitê da PetroBronx.

"Ele apresentou um modelo social diferente, uma solução alternativa, e apoiou esforços locais para solucionar problemas crônicos daqui, do sul do Bronx, que não eram resolvidos", disse.

A trabalhadora do Serviço de Educação Básica Lucía Solano, de nacionalidade dominicana, destacou que o presidente venezuelano foi uma pessoa humanitária, preocupada com o bem-estar dos pobres.

"Há anos nenhum presidente dos Estados Unidos visita o sul do Bronx", disse. A dominicana lembrou que durante sua visita a este setor popular nova-iorquino em 2005, "Chávez nos disse que é preciso lutar, e que não podemos nos deixar vencer por sermos pobres. Era preciso colocar um grãozinho de areia, e ele o colocou."

Chávez no Bronx

Por convite do congressista democrata José Serrano, Hugo Chávez foi ao subúrbio nova-iorquino em setembro de 2005, para conhecer a realidade de seus habitantes, depois de ter participado da 60° Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

"O socialismo é liberdade, amor e Cristo", garantiu o presidente venezuelano aos jovens que se reuniram nos espaços do centro de Desenvolvimento Comunitário "The Point", no Bronx.

"A luta dos jovens é muito importante, porque é a luta pelo planeta", disse a eles, expressando sua opinião sobre a importância de parar o processo destrutivo que o modelo capitalista gera no mundo.

"No começo, pensava que o capitalismo podia se humanizar, mas o capitalismo é o demônio. É Judas que vendeu Cristo por umas moedas. O socialista é Cristo, que dá a vida pelos demais, que nos chama a amar a todos, esse é o socialismo", expressou Chávez na ocasião.

Combustível para aquecer

Entre 2005 e 2013, quase dois milhões de norte-americanos se beneficiaram do programa de fornecimento gratuito de combustível para calefação implementado pelo presidente venezuelano e que permite dar apoio às famílias que não dispõem de recursos econômicos suficientes para contar com este serviço durante o inverno.

Este plano que o Estado venezuelano desenvolve, através da Citgo e da Citizens Energy Corporation (Corporação de Energia para os Cidadãos), contou com cerca de US$ 465 milhões de recursos, e atende a habitantes de 25 estados da nação norte-americana.

Da mesma forma, inclui membros de mais de 240 comunidades indígenas e abrange mais de 200 refúgios para indigentes.

O jornal argentino Clarín obteve a declaração de John Fritz, presidente de Mount Hope Housing, uma organização sem fins lucrativos que garante o aluguel de moradias no Bronx a preços baixos, e que conta com o apoio deste plano de doação de combustível para aquecimento.

"A maioria de nossos inquilinos são imigrantes, principalmente latinos, recém chegados, que não têm nem o que comer. Mas graças a Chávez, no inverno têm calefação grátis. É uma ajuda que não se pode medir", expressou.

Por outro lado, o fundador da Citizens Energy Corporation, Joseph P. Kennedy II, manifestou através de um comunicado seu pesar pela morte do presidente venezuelano.

Chávez é um líder "que se preocupou muito com os pobres da Venezuela e de todas as nações do mundo e com suas necessidades, inclusive as necessidades mais básicas, enquanto algumas das pessoas mais ricas do planeta têm mais dinheiro do que nunca razoavelmente podem gastar", afirmou o sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, e ex-integrante da Câmara de Representantes de Estados Unidos.


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