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mineracao panama noalaminaPanamá - ADITAL - [Cristina Fontenele] O projeto minerador Molejón, da multinacional Petaquilla Gold (filial da canadense Petaquilla Minerals), situado na província de Colón, no Panamá, está paralisado desde o fim de 2013 por falta de recursos. A população denuncia o abandono e as falsas promessas de desenvolvimento. A precária estrutura da mina e o não cumprimento de normas de segurança revelam ainda graves riscos de dano ambiental. O Ministério do Comércio e Indústrias do Panamá (Mici) diz estar revisando a concessão da mineradora (vigente desde 1997) e a possibilidade de fechamento da empresa na região.


A Petaquilla Gold já acumula uma dívida de 3,4 milhões de dólares com ex-trabalhadores. Após a situação agravada com a falta de pagamento de royalties e a não manutenção das operações de Molejón, a empresa anunciou que obteve uma linha de financiamento de 25 milhões de dólares para reestruturar suas atividades. Em acordo firmado com o fundo de investimentos Baseline Financial Group, a mineradora pretende cancelar a dívida com o Fundo de Segurança Social e pagar o salário atrasado de 600 trabalhadores. A empresa Arenisca Properties S.A. foi a encarregada de reativar as operações na mina.

A mineração é uma das atividades extrativistas que mais causam danos ao meio ambiente, afetando territórios indígenas, áreas protegidas e regiões camponesas. Estima-se que a atividade de mineração no Panamá se estenda a mais de 45% do território nacional. Atualmente, a empresa Petaquilla Minerals S.A. e suas subsidiárias atuam em uma área de mais de 40 mil hectares, somando as províncias de Coclé e Colón.

Para as comunidades afetadas de Coclesito, Villa del Carmen, não existe mineração responsável, nem amiga do meio ambiente, nem mineração verde ou sustentável. A mineração seria uma atividade insustentável diante da crise ambiental que ameaça a humanidade. A população denuncia que a empresa Petaquilla não cumpriu o prometido ao longo dos 18 anos de extração - avanços, auge econômico, desenvolvimento estrutural. O rio segue contaminado, não se pode navegar, plantar ou pescar na região. As mulheres também se sentem abandonadas, uma vez que a mineração prioriza os homens.

Os camponeses pedem união dos esforços para combaterem a exploração e assim dizer "não à mineração". Exigem ainda que o governo cobre medidas efetivas das empresas mineradoras para cumprir os acordos já firmados.

Confira aqui o vídeo em espanhol da entrevista com camponeses de Coclesito e Villa Del Carmen.


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